AGÊNCIA CBIC
Abramat vê segundo semestre melhor e um 2015 sem ruptura
06/08/2014 |
DCI Online Abramat vê segundo semestre melhor e um 2015 sem ruptura SÃO PAULO A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) avalia ser possível um avanço real das vendas do setor acima de 6% no segundo semestre, de forma a compensar queda de 4,6% até junho e fechar o ano em alta de 2%. A retomada das vendas no varejo é o principal fator de otimismo. "O segundo semestre tem uma base de comparação favorável, pois as vendas na segunda metade de 2013 não foram fortes. A sazonalidade também é sempre maior no segundo semestre, com a reforma dos lares para as festas de fim de ano. E com as vendas represadas de junho e julho, é natural haver uma recuperação", avalia o presidente da Abramat, Walter Cover. O executivo reconhece que uma alta acima de 6% é arrojada e avalia que será preciso aguardar os números de julho e agosto para reafirmar a perspectiva de crescimento real de 2% em 2014. Em janeiro, a entidade acreditava em alta de 4,5%, revisada para 3% em maio e novamente rebaixada a 2% em julho. O avanço de 22% nas vendas do varejo de material de construção em julho, em relação a junho, e de 5% na base anual, indicam melhora para a indústria mais a frente, diz Cover. Isso porque há um crescimento das importações e a venda de estoques. "O varejo ainda está estocado e não começou a comprar da indústria na mesma velocidade em que está vendendo", afirma. Mas, segundo ele, as indústrias já têm uma melhora na carteira de pedidos em agosto. Desse modo, a Abramat espera um avanço de 4% nas vendas ao varejo no ano e de 1% a 1,5% nos segmentos imobiliário e de infraestrutura. Os três segmentos representam 50%, 28% e 22% das vendas de material de construção, respectivamente. Para 2015, o representante da indústria não acredita em grande mudança na economia, qualquer que seja o candidato à presidência vitorioso. "Não deve haver grande mudança de impostos e a recuperação de tarifas deve ser gradual. O emprego continuará positivo e o aumento de renda deve continuar, embora menor", avalia Cover. O executivo também espera uma melhora no patamar cambial, atividade mais intensa na área de infraestrutura com o início das obras licitadas este ano e as Olimpíadas no Rio e uma recuperação na oferta de crédito. "O crescimento do setor deve continuar acima do PIB, mas em patamares mais realistas do que em anos anteriores", prevê. |
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