AGÊNCIA CBIC
Empresas e centrais planejam ato conjunto contra pacote
05/03/2015 |
Folha de S. Paulo – 05 de março Empresas e centrais planejam ato conjunto contra pacote Articulação é feita por 40 setores da indústria; mobilização deve ser em abril, para não ser confundida com protestos de março Empresários de 40 setores da indústria já articulam uma mobilização em parceria com os trabalhadores contra medidas do governo para o ajuste fiscal, que incluem o aumento de tributação para empresas beneficiadas pela desoneração na folha de pagamento. A mobilização é uma reação ao projeto de lei que o governo decidiu enviar ao Congresso, após o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), rejeitar a medida provisória 669, que previa subir a alíquotas da contribuição previdenciária. Hoje, a tributação é de 1% ou 2% sobre o faturamento total das empresas, dependendo do setor. Com a mudança, passará para 2,5% e 4,5%, respectivamente. "A proposta é unir empresários e trabalhadores contra medidas recessivas que podem gerar demissões e acelerar processo de desindustrialização no país", diz Carlos Pastoriza, presidente da Abimaq (associação dos fabricantes de máquinas). Segundo o empresário, representantes do segmento químico, farmacêutico, vestuário, plástico, entre outros, estudam ações em conjunto. O primeiro ato pode ocorrer em abril. Não foi marcado para março para evitar vínculo com outros protestos já agendados contra o governo. Sergio Luiz Leite, presidente da Fequimfar (federação dos químicos da Força Sindical), confirma a articulação. "A ideia é mesmo construir uma pauta em conjunto. Da mesma forma como os empresários não querem aumento do imposto, os trabalhadores não querem a retirada de benefícios trabalhistas", diz. Já o setor de construção civil divulgou nota em que pede que seja mantida a possibilidade, prevista nas novas regras, de voltar ao sistema antigo de tributação, de 20% sobre a folha de salários. "Cada empresa terá de fazer a conta se é vantagem recolher sobre faturamento ou folha de pagamento", diz José Romeu Ferraz Neto, presidente do SindusCon-SP. EMPRESAS DE MÍDIA Associações do setor de comunicação, um dos 56 incluídos na desoneração, divulgaram nota conjunta afirmando que a intenção do governo de mudar as regras de tributação é um "retrocesso" e afeta o planejamento econômico das companhias. O texto, assinado pelos presidentes da ANJ (Associação Nacional de Jornais), Carlos Fernando Lindenberg Neto, da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), Daniel Slaviero, e da Aner (Associação Nacional de Editores de Revistas), Frederic Kachar, diz esperar que a segurança jurídica necessária à preservação de investimentos e empregos seja recuperada durante a tramitação no Congresso. As entidades citam a importância da desoneração da folha de pagamento para o fortalecimento do mercado de trabalho. CLAUDIA ROLLI DE SÃO PAULO De São Paulo, Claudia Rolli |
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