AGÊNCIA CBIC
Empresas cearenses têm interesse no 'Minha Casa'
20/10/2014 |
Diário do Nordeste Empresas cearenses têm interesse no 'Minha Casa' Segundo Sinduscon, 18 associados são responsáveis pela contratação de 28.662 unidades entre a primeira e a segunda fase do MCMV Foto: Fernanda Siebra A contratação de empresas de fora do Ceará pela Prefeitura de Fortaleza para a realização dos projetos do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) na faixa de zero a três salários mínimos e a consideração do Município de que é pouco o interesse das construtoras locais nas faixas de baixa renda do programa habitacional motivaram o Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Ceará (Sinduscon-CE) a se manifestar contrário a este entendimento e a propor uma nova metodologia de trabalho por parte do poder municipal. "O ideal é a Prefeitura fracionar os empreendimentos e todo mundo tem o risco diminuído, inclusive a Prefeitura. São quatro mil unidades? Não tem problema. A gente divide e um faz mil, outro faz mais mil e, assim, entregamos as obras. Queremos que o prefeito venha, sente com a gente e fale a demanda dele", propõe o presidente da entidade, André Montenegro. Segundo ele, 18 construtoras associadas ao Sinduscon-CE já assinaram contrato para 28.662 unidades do MCMV de baixa renda entre a primeira e a segunda fase do projeto. "E queremos dizer que nós temos interesse em fazer o MCMV", frisa, acrescentando que chegaram a aceitar obras abandonadas por outras empresas, como as duas mil unidades do conjunto Escultores (Messejana) e outras 2,6 mil do Joselino Silveira I e II (Caucaia). Mesmas condições "Nós só queremos as mesmas condições de trabalho oferecidas para as construtoras de fora e os mega-empreendimentos oferecidos para elas", diz. Segundo afirma Montenegro, a Prefeitura chega a fazer uma chamada pública para a construção de unidades do MCMV após adquirir os terrenos, mas só convoca grandes empresas. Conforme contou o presidente do Sinduscon-CE, a Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor) chegou a ir à sede da entidade e oferecer um pacote de obras, "mas eram 20 unidades em um local, mais 10 em outro e isso não compensa para nenhuma construtora do País, tanto que as grandes também não pegaram". Procurada, a assessoria da Prefeitura disse preferir não se manifestar sobre o assunto. |
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