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AGÊNCIA CBIC

21/10/2016

EMPRESÁRIOS FLUMINENSES CONHECEM CASOS DE SUCESSO NA IMPLEMENTAÇÃO DO BIM

Projeto de disseminação do BIM da COMAT/CBIC pretende divulgar em todo País a ferramenta que vai inovar o setor da construção

Promoção da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), SENAI Nacional e Sistema FIRJAN, o Workshop Implementação do BIM teve a participação de dezenas de profissionais da arquitetura e engenharia, que conheceram experiências exitosas sobre o uso do sistema que está revolucionando projetos construtivos no país. A palestra técnica, que teve o apoio do Sinduscon-Rio e Ademi-RJ, ocorreu na terça-feira (18/10) na sede da Federação, no Rio de Janeiro.

Na abertura, o presidente da COMAT/CBIC, Dionyzio Antonio Martins Klavdianos, destacou a importância da disseminação do Building Information Modeling (BIM) entre toda a cadeia produtiva da construção no país. “Sabemos que o empresário do presente e do futuro deve focar na produtividade. E esse novo método de modelagem deve ser o foco para obtermos isso. O desafio que cabe agora é difundir o tema pelo país”, defendeu Klavdianos.

Especialista em Relacionamento Setorial em Construção Civil do Sistema FIRJAN, Roberto da Cunha destacou os esforços da Federação para disseminar a cultura do BIM em todo o estado. Segundo ele, esse trabalho faz parte do planejamento estratégico da Federação em apoiar a indústria da construção. “Temos promovido seminários e cursos por meio de unidade móvel em diversos municípios do interior do estado. Aqui na capital, no SENAI, montamos um moderno laboratório exclusivamente para capacitarmos os profissionais em BIM”, disse Cunha.

Para abordar as boas práticas na implementação do sistema de virtualização de modelagem de construção, baseado em objetos tridimensionais e inteligentes, foram convidados projetistas, incorporadores e construtores. Os primeiros a falar foram os arquitetos Sérgio Conde Caldas e João Souza Machado, do escritório da Sérgio Conde Caldas Arquitetura, que discorreram sobre os benefícios de usar o BIM nos projetos. Sérgio Caldas contou que a adoção do sistema no escritório “foi meio que na força, mas que a transição de sistemas foi mais fácil do que previsto”.

Segundo ele, todas as etapas de projeto passaram a rodar com muito mais interação, do que com a metodologia anterior. “No início, usamos um modelo mais simplificado, mas quanto mais complexo o projeto, mais o BIM era aproveitado”, afirmou Sérgio Caldas.

João Machado lembrou que o uso do sistema é um processo evolutivo. De acordo com o arquiteto, antes o processo evoluiu da prancheta para computador. “O BIM é uma plataforma de informações, que se torna cada vez mais poderosa conforme a quantidade de informações nela inserida”, disse João Machado, recomendando aos profissionais não se desfazerem do AutoCad, “pois ainda é uma ferramenta muito poderosa”.

O arquiteto destacou que, com o BIM, a escolha da metodologia passa a ser do escritório de arquitetura, ratificando que o uso do software também é uma decisão de quem está à frente do projeto. Entre as novidades, para quem gerencia o projeto a partir do uso do BIM, segundo ele, é o aumento de portfólio de produtos e serviços oferecidos pela empresa.

Se antes um escritório de arquitetura oferecia a viabilidade, concepção, projeto legal e executivo e as build, agora pode se agregar aos projetos a modelagem completa, gerenciamento, o custo da obra por meio da pré-construção, caderno de encargos e modelo para gestão de patrimônio imobiliário, entre outros.

Já o incorporador José Alfredo Jimenez Corrêa, da empreendimentos imobiliários Santa Clara, afirmou que adotou o BIM para “ter uma boa assistência pós-obra, minimizar os problemas durante a execução, acompanhar o orçamento, entre outras vantagens. Para isso, junto com o arquiteto Sérgio Roberto Leusin de Amorim, da empresa GDP – Gerenciamento e Desenvolvimento de Projetos, decidiram que todos os parceiros de empreendimento deveriam usar o BIM.

“Identificamos os parceiros que poderiam utilizar o sistema. Depois, o primeiro passo foi fazer o contrato e suas etapas, descrevendo o processo do projeto e a metodologia a ser adotada. Os parceiros deveriam usar o método e a troca de informações era pela nuvem”, explicou Leusin.

“Adotar o BIM é uma revolução, sob o risco de perder a competitividade em caso contrário”, destacou José Alfredo Corrêa.

Para o engenheiro Paulo Sanchez, diretor técnico da Sinco Engenharia e líder do projeto Disseminação do BIM da CBIC, a indústria da construção passa por período em que a inovação e as novas tecnologias devem ser testadas e adotadas agora. “A indústria dos Estados Unidos adotou o BIM durante a crise imobiliária no período 2008-2010. Aqui, estamos no meio de uma crise. É o momento de investir em tecnologias, pois o quadro deve reverter a partir de 2017”, avalia o diretor.

Segundo ele, a Sinco começou os primeiros passos no BIM em 2011, com os primeiros projetos de modelagem. Já em 2014, para o projeto de um shopping, todos os projetistas contratados usaram o BIM. “Hoje, já são 30 projetos com esse modelo”, destacou o incentivador do sistema.

De acordo com Paulo Sanchez, a vantagem de construir a obra virtualmente permite controlar e agilizar o processo, mitigar as deficiências e controlar os suprimentos, entre outros pontos positivos do sistema. “Voltamos a fazer engenharia”, disse taxativo o profissional.

Coletânea BIM

O evento contou ainda com o lançamento da Coletânea de Implementação do BIM para Construtoras e Incorporadoras produzida pelo arquiteto Wilton Silva Catelani, consultor da CBIC. A obra, elaborada pela CBIC e SENAI Nacional, reúne cinco volumes com informações sobre o tema, fortalecendo a adesão da indústria nacional à tecnologia.

De acordo com Catelani, a tecnologia ataca o gargalo de produtividade do setor ao permitir uma produção mais sustentável e com menor custo. Ele pontuou que o BIM já é estratégia nacional de economias líderes no mundo, e terá seu uso expandido e intensificado nos próximos anos.

“Ainda não sabemos todas as possibilidades dessa plataforma. Mas o BIM não é algo novo, o que é novidade é o acesso pela indústria da construção, viabilizado pelo barateamento de softwares e hardwares”, disse.

Presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio), Roberto Kauffmann destacou que a difusão do tema é primordial para promover a modernização do setor. “Temos feito um esforço para disseminar essa tecnologia no estado. Além dos cursos de capacitação, inauguramos o laboratório e as unidades móveis do BIM, que percorre as regiões fluminenses”, afirmou.

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