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AGÊNCIA CBIC

22/03/2011

Empresariado mineiro terá reunião com Pimentel

 

22/03/2011 :: Edição 061

Jornal Diário do Comércio/BR  |   22/03/2011

empresariado mineiro terá reunião com pimentel

Pauta inclui guerra fiscal, investimentos no Estado e valor agregado.

MARA BIANCHETTI.

ALISSON J. SILVA

Teodomiro Diniz Camargos quer rever tributos

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) promoverá um
encontro entre líderes empresariais mineiros e o ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, no dia 1º de abril. Na
ocasião, serão tratados assuntos como guerra fiscal, atração de investimentos
para o Estado e agregação de valor para a cadeia produtiva industrial estadual.

De acordo com o presidente do Conselho de Política Econômica Industrial da
entidade, Lincoln Gonçalves Fernandes, em um encontro como este é natural que
se façam considerações e reivindicações sobre cada setor. Desta forma, segundo
ele, a expectativa inicial é que se fale sobre a cadeia produtiva de Minas Gerais
em relação ao Brasil e também em termos pontuais, no que se refere a
determinadas particularidades do Estado.

"Abordaremos junto ao ministro questões que dizem respeito à política
de governo do país para a indústria mineira. Nesse sentido, o que posso adiantar
é que falaremos sobre tributação, infraestrura e desenvolvimento de bases
tecnológicas", explicou Fernandes.

Já para o presidente da Câmara da Indústria
da Construção Civil
da Fiemg, Teodomiro Diniz Camargos, é preciso levar
em consideração que agora o ministro Fernando Pimentel defende os interesses do
país, mas também que ele tem origem mineira e já conhece os potenciais e as
dificuldades do Estado, o que pode representar vantagens para o Minas junto ao governo federal.

"Sabemos que agora, de uma forma geral, o ministro tem que trabalhar
pelo país, mas de fato a indústria mineira é fundamental em todos os quesitos.
Nossa economia vem crescendo com expressão cada vez maior, mas é sabido que
ainda há muito que se agregar em determinados segmentos", lembrou.

Incentivos – Desta forma, Camargos adiantou que em relação ao setor
de construção as reivindicações serão basicamente no que se refere à agregação
de valor à cadeia produtiva. Segundo ele, para tal, é preciso contar com incentivos,
financiamentos e apoio na atração de novas empresas para o Estado por parte do
governo federal.

"Exemplo disso é que há alguns anos tínhamos fábricas de acabamento da
construção instaladas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Hoje há falta
de determinados insumos, justamente pela perda dessas fábricas para outros
estados. preciso reavaliar os tributos e até a oferta de novas tecnologias como
estratégias para atrair novos investidores. Somente assim será possível agregar
valor à cadeia produtiva", ressaltou.

O setor de bens de capital, que desde a eclosão da crise financeira
internacional vem perdendo competitividade em função da desvalorização do dólar
frente ao real, também deverá estar representada no encontro com Pimentel. De
acordo com o diretor regional da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas
e Equipamentos (Abimaq), Marcelo Veneroso, a entidade já vem participando de
uma série de reuniões com os ministérios, reivindicando medidas emergenciais
para conter o câmbio.

"Além disso, temos buscado possíveis respostas e soluções para outras
questões como a alta carga tributária e a própria deficiência logística que o
país enfrenta, itens que vêm prejudicando e fragilizando cada vez mais nossa
competitividade lá fora. Temos percebido a existência desses problemas por
parte das autoridades, no entanto, ainda não enxergamos soluções concretas por
parte de nenhuma delas", ponderou.


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