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AGÊNCIA CBIC

11/07/2013

Emergentes trazem novo risco à recuperação global

"Cbic"
10/09/2010 :: Edição 001

Valor Econômico

Emergentes trazem novo risco à recuperação global

A crise financeira derrubou as economias dos países desenvolvidos e isso agora contribui para derrubar o dinamismo dos países emergentes, fechando a equação da redução do ritmo da recuperação global. O Fundo Monetário Internacional apresentou na terça-feira sua revisão do desempenho da economia mundial, cortando expectativas que se revelaram otimistas demais, feitas em abril. O mundo cresceu 2,75% no primeiro quadrimestre do ano e não deverá passar de 3,1% de expansão no ano, taxa parecida com a observada em 2012. Os Brics terão uma performance menos brilhante, enquanto que o Brasil foi o membro do grupo que teve um corte mais vigoroso em suas previsões de crescimento, de 3% para 2,5% em 2013, e de 4% para 3,2% em 2014. Os Estados Unidos não saem mal no futuro, se o FMI estiver certo: cresce 1,7% este ano e 2,7% no próximo.
Os passos mais moderados da recuperação global estão sendo determinados por uma recessão mais aguda do que a prevista na zona do euro e pela considerável perda de dinamismo dos países emergentes, avalia o FMI. Eles acrescentam novos riscos aos antigos, que continuam no cenário, como as ameaças subjugadas, mas ainda latentes, de uma ruptura na zona do euro e uma crise bancária na Europa. Entre os novos riscos estão o da "possibilidade de uma longa desaceleração do crescimento nas economias emergentes, especialmente dados pelo risco de crescimento potencial menor, menor expansão do crédito e, possivelmente, condições monetárias mais apertadas se a antecipada reversão da política de estímulo monetário dos EUA trouxer a mudança sustentada de fluxos de capital", aponta o Fundo.
Grandes riscos rondam as economias emergentes, mas o Fundo é relativamente otimista a respeito. Ele prevê que a China, um dos motores do crescimento global, vai marcar passo, com o PIB crescendo 7,7% este ano e em 2014. Os números recentes da economia chinesa, assim como o crescente cerco das autoridades chinesas à expansão do crédito bancário, indicam que a expansão da economia pode cair abaixo dos 7,5%, ou até bem abaixo disso.
As exportações chinesas em junho recuaram 3,1% em relação a junho de 2012, e as importações, 0,1%. A redução das compras chinesas, combinada com outros indicadores, como os da produção industrial, sugerem que o redirecionamento da economia em direção ao consumo doméstico caminha a passos lentos. É um sério, se não impossível, desafio sincronizar uma transição desse porte, e uma das coisas que podem dar errado é de a redução forte dos investimentos não ser acompanhada por um aumento vigoroso da demanda, como diz o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard.
Ainda que as economias emergentes já viessem perdendo fôlego pela combinação de demanda externa fraca e problemas domésticos variados, como bolhas de crédito e inflação mais alta, o simples lampejo no horizonte de que a era de liquidez farta terá um fim no médio prazo, dado pelo presidente do Fed americano, Ben Bernanke, piorou bastante as coisas, especialmente para o Brasil. O aumento nos juros dos países desenvolvidos provocou importantes saídas de capital, valorização do dólar e ruinosas quedas nas ações, mas foram considerados pelos técnicos do Fundo como fenômenos transitórios que serão superados, porque "refletem amplamente uma reavaliação dos riscos motivada pelas perspectivas de crescimento dos emergentes" e pelas incertezas sobre os passos da mudança de direção da política monetária americana rumo ao fim do afrouxamento quantitativo.
Como os mercados ainda não encontraram um ponto de equilíbrio, e os juros dos títulos do Tesouro americano encostaram em 2,75%, é possível considerar um futuro mais turbulento. O relatório do FMI indica isso. "Se as vulnerabilidades subjacentes levarem a mudanças adicionais de portfólio, mais aumentos dos rendimentos, volatilidade maior e contínua, o resultado pode ser uma continuada reversão do fluxo de capital e menor crescimento dos emergentes".
Os técnicos do FMI recomendam ao Brasil a mesma receita que boa parte dos analistas domésticos. É passada a hora de estímulos à demanda, a política monetária não pode dar trégua à inflação e a queda da capacidade de crescimento tem de ser revertida com, por exemplo, a remoção dos gargalos da infraestrutura e mais reformas econômicas.



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