Logo da CBIC

AGÊNCIA CBIC

10/10/2014

DF cresce 2,2% em seis meses

"Cbic"
10/10/2014

Correio Braziliense

DF cresce 2,2% em seis meses

No primeiro semestre deste ano, a economia da capital federal superou a média nacional, que ficou  em 0,5%. O setor público é um dos responsáveis por esse resultado, sobretudo pelo aumento da remuneração paga ao funcionalismo 

 FLÁVIA MAIA 

 O peso da administração pública na economia local blindou o Distrito Federal da crise econômica que atinge o Brasil. No primeiro semestre, a capital do país fechou o Índice de Desenvolvimento Econômico (Idecon) com alta de 2,2%, enquanto a média nacional ficou em 0,5%. O responsável por manter a porcentagem de crescimento foi a remuneração de funcionários públicos federais e distritais. A convocação de novos servidores e os reajustes por categoria também repercutiram positivamente, principalmente no segundo trimestre. Os dados são da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).

 A administração pública equilibrou a queda registrada em importantes segmentos da economia local, como construção civil, comércio e intermediação financeira — serviços contratados em bancos. A construção civil fechou em queda de 2,6%. Para Julio Miragaya, presidente da Codeplan, o setor está acompanhando o desaquecimento apresentado em todo o país. "No DF, ainda tem o agravante que, em 2011 e 2012, o setor estava aquecido e as construtoras apostaram em muitos empreendimentos, e eles foram entregues agora — isso gerou, então, uma superoferta. Hoje, as construtoras se retraíram para vender o excedente e recompor a base de ganho", explica.

 Outro setor que enfrentou queda, principalmente no segundo semestre, foi o comércio. De maio a julho, a retração foi de 2%. No acumulado do semestre, o índice fechou em 0,7%. Segundo a coordenadora da pesquisa, Sandra Regina Andrade Silva, o comércio deixou de vender principalmente bens duráveis, como carros e eletroeletrônicos, ou seja itens com maior valor agregado. "Um reflexo disso foi a queda também nas transações financeiras, os brasilienses diminuíram a aquisição de crédito", explica. A intermediação de crédito fechou o primeiro semestre em queda de 1%. A Copa do Mundo foi responsável pelo freio no comércio. "A diminuição de dias úteis durante o torneio prejudicou as vendas", comenta Miragaya.

 Em compensação, alguns setores menos expressivos apresentaram alta. A indústria de transformação fechou o semestre em alta de 5,8%, porém, ela representa apenas 1,7% da composição do Produto Interno Bruto (PIB) do DF. "A indústria local não sentiu o impacto da crise porque ela produz bens de consumo imediato, como alimentos industrializados", explica Sandra Regina. Os serviços de informação, como a telefonia, apresentaram alta de 5,2%, isso é reflexo do adensamento de serviços de telefonia no DF. De acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações, o DF é a única unidade da Federação com mais de dois celulares por habitante.

 O destaque foi a agropecuária local com crescimento expressivo de 19,4%. Porém, como o segmento representa apenas 0,3% da estrutura produtiva local, o peso na composição do Idecon é baixo. Além disso, o estudo não abrange todas as culturas, somente as de grãos como soja e milho.

 Diversificação  

 A extrema dependência do setor público na contribuição da economia do DF salvou os índices do primeiro semestre na economia. Atualmente, a administração pública corresponde a 54,7% da estrutura produtiva. Porém, a concentração econômica em uma única atividade preocupa especialistas e o setor produtivo local. Em 2013, por exemplo, quando houve congelamento de vagas e de salários no funcionalismo público, o DF apresentou índices abaixo da média nacional — enquanto o Brasil fechou com 2,7% no primeiro semestre de 2013, o DF cresceu só 1,3%.

 "De um lado, é alentador, porque a administração pública permitiu ao DF uma perfomance melhor do que a do Brasil em 2014. Mas, por outro lado, precisamos investir em diversificação da estrutura produtiva, porque qualquer queda nesse setor impacta muito a economia. Além disso, esse segmento não consegue absorver toda a mão de obra que entra no mercado", analisa Jusçanio de Souza, gerente da base de dados da Codeplan.

 Para o secretário adjunto da Secretaria do Desenvolvimento Econômico Carlos César Soares de Paiva, a diversificação da matriz econômica local trava na captação de investimentos. "Quando procuramos investidores, eles alegam que o território do DF é pequeno, que ela é uma cidade administrativa e muitos nem sabem que por aqui pode ter indústria, por exemplo. Nosso trabalho é tentar tirar esses mitos do mercado", comenta.

 
 


"Cbic"

 

COMPARTILHE!

Março/2024

Parceiros e Afiliações

Associados

 
Sinduscon – Vale do Piranga
Sinduscon-Porto Velho
Sicepot-RS
Sinduscon-SE
Sinduscon-Vale do Itapocu
Sinduscon-PA
Sinduscon-Teresina
Sinduscon-BNU
Sinduscon-SP
Sinduscon-PE
Sinduscon-RR
SINDICIG
 

Clique Aqui e conheça nossos parceiros

Afiliações

 
CICA
CNI
FIIC
 

Parceiros

 
Multiplike
Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea