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AGÊNCIA CBIC

11/02/2015

Desemprego recua para 6,8% em 2014

"Cbic"
11/02/2015

O Estado de S. Paulo – 11 de fevereiro

Desemprego recua para 6,8% em 2014

Porém, taxa calculada pela Pnad Contínua indica deterioração no mercado de trabalho a partir do 2º semestre, com redução no emprego formal

Daniela Amorim / Rio

A taxa de desemprego no País ficou em 6,8% em 2014, abaixo dos 7,1% de 2013, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) indicam deterioração no mercado de trabalho a partir do segundo semestre. Houve redução no número de vagas com carteira assinada no setor privado, o que significa piora na qualidade do emprego.

Na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2014, 147 mil postos de trabalho formais no setor privado foram extintos, o segundo recuo consecutivo na carteira assinada. "Embora no ano o saldo seja positivo, num período recente, a carteira assinada cai. O número de pessoas que estão sendo contratadas com carteira não está crescendo, está reduzindo em relação ao trimestre anterior. Perda de carteira assinada é perda de qualidade (no emprego)", disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Além disso, a taxa de desemprego no quarto trimestre de 2014 (6,5%) foi maior do que no mesmo período de 2013 (6,2%) porque o mercado de trabalho não conseguiu gerar vagas em quantidade suficiente para absorver o crescimento no número de pessoas em idade de trabalhar (mais 2,742 milhões de indivíduos). Apesar de 1,35 milhão de pessoas terem migrado para a inatividade, deixando de engrossar a fila do desemprego, foram abertos apenas 993 mil postos de trabalho. Como resultado, o País ganhou, em um ano, mais 400 mil desempregados.

"O aumento na população ocupada não foi suficiente para derrubar essa taxa (de desemprego). O ideal é que você tenha a população ocupada com aumento superior ao crescimento vegetativo, e o crescimento da população (em emprego) formal superior ao da população ocupada também", disse Azeredo.

Consumo. A estagnação da economia,a ameaça de racionamento de água e energia e a retração da indústria estão comprimindo a oferta de emprego no País, na avaliação da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ). Segundo a entidade, o desempenho do mercado de trabalho já influencia o consumidor, que ficou menos propenso à compra de bens duráveis, por exemplo.

A tendência de queda na taxa de desemprego mudou no segundo semestre do ano passado. As taxas médias de desocupação começaram 2014 em patamar muito inferior às de 2013, mas acabaram com essa distância já no terceiro trimestre, quando praticamente se igualaram. "A tendência erafavorável, situação que se reverteu, embora não seja uma alteração muito significativa. No período recente, o quadro foi de aumento da desocupação. Mas, quando fez a média do ano, o quadro ainda é favorável", ressaltou Azeredo.

Segundo Luciano Nakabashi, professor da Universidade de São Paulo e pesquisador da Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace/USP), a indústria e a construção civildevem puxar um aumento ainda maior na taxa de desemprego em 2015, como um reflexo retardado do impacto da crise nos dois setores. "As pesquisas de desemprego demoram um tempo para refletir essa crise", afirmou, citando como exemplo a retração de 3,2% no emprego industrial divulgado também ontem pelo IBGE.

Na avaliação do economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, os números divulgados pela Pnad Contínua não revertem a percepção de acomodação do mercado de trabalho, o que é uma boa notícia, porque ajuda o governo no controle da inflação. "O desemprego não tem de subir, mas sim parar de cair, para evitar que haja ganhos reais de salários, o que é repassado aos preços", disse Perfeito. / Colaboraram Gustavo Porto e Igor Gadelha

 


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