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AGÊNCIA CBIC

03/03/2011

Debênture toma lugar de ação do setor imobiliário

03/03/2011 :: Edição 050

Jornal Brasil Econômico/BR   |   03/03/2011

debênture toma lugar de ação do setor imobiliário

Emissão de papéis de renda fixa cresceu 55% no ano passado, atingindo R$
5,53 bilhões, enquanto a de renda variável caiu

Mariana Segala

Praticamente nulo até meados da década passada, o mercado de debêntures da industria da construção civil deu um verdadeiro
salto no ano passado. As emissões destes papéis de renda fixa pelas empresas da
cadeia do setor cresceram 55% em relação a 2009 e passaram a representar, de
fato, uma alternativa viável de captação de recursos.

O total levantado com as 23 ofertas públicas e de esforços restritos em 2010
bateu os R$ 5,53 bilhões, contra 3,57 bilhões no ano anterior, segundo o Anuário
de Securitização e Financiamento Imobilliário preparado pela consultoria Uqbar.

A trajetória crescente dos instrumentos de renda fixa contrastou com a queda
do uso da renda variável pelo segmento imobiliário em um ano de agito na construção civil e de retomada geral das
operações na bolsa, após passado o trauma da crise financeira internacional de
2008. Foram apenas seis as ofertas de ações feitas pelo setor no ano passado,
duas das quais foram aberturas de capital (da Aliansce Shopping Centers e da BR
Properties), captando um total de R$ 3,63 bilhões. O valor representa pouco
mais que a metade do volume levantado pela indústria
da construção
com renda variável em 2009 (R$ 6,87 bilhões) e um
quarto de 2007 (R$ 12,27 bilhões), o ano do boom de ofertas iniciais do setor
na BM&FBovespa.

A tendência na estratégia de captação das empresas do setor em 2010, segundo
a Uqbar, "refletiu condições de mercado que indicaram um custo comparativo
melhor para emissão de dívida versus equity". De um lado, importou o nível
médio dos juros ao longo de 2010. "Os juros, no ano passado, estiveram
mais baixos se comparados com a média histórica, o que provavelmente contribuiu
para a opção pelas debêntures", explica o sócio da consultoria, Pedro
Junqueira. Por outro lado, vindas de capitalizações grandes em 2007, as
empresas do segmento puderam optar pela emissão de dívida em detrimento da
divisão do seu capital e do potencial de ganho embutido nele com novos
investidores.

Há ainda o fato de que, em geral, uma colocação de debêntures é menos
traumática para a companhia do que uma operação de ações. "Lançando renda
fixa, é possível preservar as cotações das ações e os interesses dos
minoritários", avalia o analista de construção da corretora SLW Erick
Scott. A diluição de , uma capitalização usualmente impacta os preços para
baixo.

Daqui por diante, dois fatores preponderantes determinarão a continuidade do
crescimento das debêntures na indústria imobiliária: a dinamização das
negociações no mercado secundário e o andar dos juros. "A expectativa de
alta funciona como uma força contrária à elevação dos volumes", avalia
Junqueira

Alternativas de captação Protagonista da economia no ano passado, o setor da
construção obteve financiamento às atividades de variadas fontes, além das
emissões de debêntures e ações. O anuário da Uqbar aponta que só do Orçamento
Geral da União vieram R$ 48,46 bilhões. Outros R$ 27,55 bilhões saíram do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), enquanto o Sistema Brasileiro de
Poupança e Empréstimos (SBPE) entrou com R$ 55,99 bilhões. Já a emissão de
Letras de Crédito Imobiliário
(LCI)papéis de renda fixa lastreados em financiamentos imobiliários trouxe R$
39,06 bilhões para o setor.

Houve destaque ainda nos fundos imobiliários, que levantaram R$ 4,07 bilhões,
e nos lançamentos de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), em um total
de R$ 8,5 bilhões.


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