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AGÊNCIA CBIC

08/04/2015

Crescimento potencial dos emergentes recua, diz FMI

"Cbic"
08/04/2015

Valor Online – 08 de abril

Crescimento potencial dos emergentes recua, diz FMI

O crescimento potencial de países emergentes e avançados continuará abaixo do nível de antes da crise financeira global, devendo desacelerar ainda mais no caso das economias emergentes, diz o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Segundo relatório divulgado ontem, a expansão potencial dos emergentes tende a perder mais fôlego no médio prazo devido ao envelhecimento da população, ao investimento mais fraco e ao avanço mais lento da produtividade. Em países exportadores de commodities, como Brasil e Rússia, a perspectiva depende ainda da evolução dos preços desses produtos, pois isso afeta o investimento e o aumento do capital, diz o Fundo.

Nas estimativas do FMI, o crescimento potencial (aquele que não acelera a inflação) do grupo formado por Brasil, China, Índia, México, Rússia e Turquia deve ficar em 5,2% entre 2015 e 2020, abaixo dos 6,5% de 2008 a 2014. No período anterior à crise, de 2001 a 2007, a expansão potencial desses países saltou de 6,1% para 7,4%, devido à aceleração dos ganhos de produtividade e do acúmulo de capital.

Depois da crise, a freada do crescimento potencial dos emergentes pode ser atribuída quase totalmente a um recuo da produtividade total dos fatores (PTF, que mede a eficiência com que os fatores capital e trabalho se transformam em produção), segundo o Fundo.

Para o FMI, isso não se encaixa facilmente nas previsões teóricas. Embora esse declínio possa em parte refletir a maior volatilidade na mensuração da produtividade nos países emergentes, outros fatores também podem ter seu papel, diz o estudo, como "a gradual desaceleração na convergência para a fronteira tecnológica, depois da rápido salto na década anterior à crise, o crescimento reduzido na utilização de insumos e o menor aumento do capital humano".

Para os países ricos, o quadro também não animador. O FMI espera que o crescimento potencial suba apenas um pouco, passando de 1,3% no período entre 2008 e 2014 para 1,6% entre 2015 e 2020. Antes da crise, essas taxas haviam passado de 2,4% no começo da década passada para 1,9% em 2006 e 2007. Esse recuo ocorreu principalmente devido à desaceleração no aumento da produtividade.

O FMI destaca que perspectivas mais modestas de crescimento potencial no médio prazo têm implicações importantes para a agenda de políticas dos governos, tanto de países desenvolvidos como emergentes. Nas economia avançadas, um PIB potencial mais baixo torna mais difícil reduzir as dívidas ainda elevadas do setor público e do setor privado. Nos países emergentes, fica mais complicado reconstruir amortecedores fiscais.

Em relação à desaceleração do investimento privado nos países emergentes nos últimos anos, especialmente na América Latina e no Caribe, o FMI aponta como principal fator o recuo nos preços das commodities. No caso do Brasil, a fraca competitividade e a baixa confiança empresarial afetaram os investimentos das companhias.

O FMI destaca que, nos países ricos, o baixo investimento privado em construção civil, máquinas e equipamentos "é principalmente um sintoma do ambiente econômico fraco". Para o Fundo, as empresas reagiram a vendas decepcionantes, tanto atuais como futuras, reduzindo os gastos de capital.

No caso dos emergentes, parte da desaceleração do investimento privado desde 2011 também se deve à fraqueza geral da atividade econômica, segundo o FMI. A questão é que diferentemente do que ocorreu nos países ricos, a desaceleração do que o setor privado investe em relação ao comportamento da economia foi muito grande pelo padrão histórico.

Expectativas mais fracas de rentabilidade futura das empresas tiveram também um peso importante, em especial nos emergentes da Ásia. Além disso, condições financeiras mais apertadas, tanto externas como internas, também estão associadas à desaceleração do que as companhias investem.

Para o FMI, não deve haver recuperação expressiva do investimento privado no curto prazo nos emergentes, devido à perspectiva de que os preços de commodities seguirão fracos e às condições financeiras internas e externas, que tendem a continuar mais apertadas, com menor fluxo de capitais.

As análises fazem parte do "Panorama Econômico Mundial" (WEO, na sigla em inglês), que será divulgado na íntegra na semana que vem, na reunião do FMI e do Banco Mundial, em Washington.

 

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