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AGÊNCIA CBIC

22/02/2011

Crédito imobiliário impulsiona lucros

22/02/2011 :: Edição 043

Jornal Diário do Comércio/BR  |   22/02/2011

crédito imobiliário impulsiona lucros

Uberlândia,
MG – terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Instituições
financeiras ganham tanto no financiamento de construtoras quanto de
consumidores finais.

PEDRO
GROSSI.

ALISSON
J. SILVA

Déficit
habitacional sustenta crescimento do mercado
imobiliário no país

O
sistema bancário brasileiro atravessa um ciclo de resultados históricos e de
índices recordes de crescimento e lucratividade. Parte dos resultados pode ser
atribuído ao crescimento da carteira de crédito
imobiliário, que oferece baixo risco de inadimplência e contratos de
longo prazo.

"Além
disso, os bancos trabalharam em duas frentes: financiam tanto as construtoras,
para atender ao aumento da demanda, quanto o cliente final, que quer adquirir a
casa própria", explicou o ex-economista-chefe da Federação Brasileira de
Bancos (Febraban) e doutor em Economia pela Universidade de São Paulo (USP),
Roberto Luiz Troster.

Segundo
Troster, ainda há um déficit habitacional grande e existe muito potencial de
crescimento para esse mercado. "Ninguém consegue fugir com um terreno ou
um imóvel, por isso as taxas de inadimplência são baixas e os bancos podem
emprestar dinheiro a juros mais baixos e com contratos de longuíssimo prazo, o
que traz fidelidade dos clientes".

Outro
fator que beneficia a atuação dos bancos é a Lei 9.514/97, que instituiu a
alienação de imóveis, permitindo às instituições usar os bens financiados como
garantias de pagamento. Atualmente, essa modalidade de crédito é amplamente
dominada pela Caixa Econômica Federal, que detém 57% do mercado. Mas, nos
balanços divulgados pelos principais bancos privados do país, o serviço tem
registrado altas consideráveis e foi apontado pelas instituições como
prioridade para 2011.

Segundo
dados do Banco Central, em 2010 foram concedidos mais de R$ 138 bilhões em créditos
imobiliários, índice 51% superior ao verificado em 2009. As altas foram
motivadas pelos incentivos do governo federal ao crédito e por programas de fomento à habitação, como o "Minha casa, minha vida".

Recorde – O Banco do
Brasil, que registrou em 2010 lucro recorde de R$ 11,7 bilhões, verificou um
aumento de 105% nesse tipo de transação na comparação de janeiro com o mesmo
período de 2009. A carteira imobiliária do banco é de R$ 3,5 bilhões, sendo que
R$ 3 bilhões foram destinados a financiamentos para pessoa física e R$ 500
milhões para pessoas jurídicas.

Em
comunicado para a imprensa, o vice-presidente de Novos Negócios de Varejo do
Banco do Brasil, Paulo Rogério Cafarelli, disse que a meta do banco é estar
entre os maiores financiadores da casa própria até o final de 2013.
"Atuamos nesse mercado há pouco mais de dois anos. Nossa operação saiu
praticamente do zero e hoje já ocupamos a quinta posição no ranking
entre os bancos que atuam com crédito
imobiliário".

O
executivo também listou algumas ações estratégicas do banco para crescer nesse
mercado. "Passamos a participar dos principais salões imobiliários
realizados em todo o país. Oferecemos condições especiais para os participantes
dos salões, com a formalização de convênios com as imobiliárias e taxas
competitivas para negócios originados nesses ambientes".

No
Bradesco, as projeções feitas no início do ano passado eram de uma liberação de
R$ 6,5 bilhões, mas o balanço de 2010 registrou a movimentação de R$ 9,128
bilhões – resultado 93,92% superior ao alcançado no exercício anterior. Para
este ano, a projeção é de crescimento de 10%.

Segundo
dados do Santander, em doze meses, a carteira de crédito imobiliário para pessoas físicas cresceu 28,2%. No último
trimestre, a expansão foi de 9,5%. Para pessoas jurídicas, a alta registrada no
último ano foi 39,7%.

Na
avaliação de Troster, ainda existe grande potencial de crescimento para o
mercado e não há risco do aquecimento do setor provocar uma bolha, a exemplo do
que aconteceu nos Estados Unidos em 2008. "As instituições financeiras
estão sólidas e até o momento não foi possível perceber nenhum excesso de
crédito indiscriminado", justificou.


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