AGÊNCIA CBIC
Covid-19: Serviço Social reforça recomendação ao trabalhador do setor
Após levantamento feito com seus colaboradores, o Serviço Social da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Seconci-SP) elencou as principais dúvidas a respeito do coronavírus e da Covid-19. Segundo o médico Horácio Cardoso Salles, gerente da Medicina Ambulatorial da entidade, as principais questões são sobre a letalidade do vírus, a transmissão e suas formas de prevenção.
Do ponto de vista da comunicação, foram elaborados cartazes e folhetos para distribuição aos trabalhadores com recomendações sobre sintomas e prevenção. Também foi instalado um ‘Disque Coronavírus’ (11 4210-0222) para elucidar dúvidas das empresas e dos trabalhadores. Além disso, o Seconci produziu e disponibilizou dois vídeos para divulgação junto aos trabalhadores das empresas contribuintes da entidade. O primeiro sobre os principais sintomas da doença e o segundo com instruções para o uso das máscaras.
“O coronavírus é uma grande família viral, conhecida desde meados de 1960 por causar infecções respiratórias em seres humanos e em animais, com sintomas semelhantes a um resfriado comum. No entanto, algumas variações desse vírus podem causar doenças mais graves com impacto em termos de saúde pública como no caso atual”, explica o médico.
Dr. Horácio afirma também que, até o o momento, cientistas ao redor do mundo e no Estado de São Paulo, como as equipes do Instituto Butantan, já iniciaram pesquisas para o desenvolvimento da vacina, que ainda não possui previsão de fabricação.
Por não se saber o tempo de vida do novo coronavírus em determinadas superfícies, a atenção à higienização deve ser redobrada. “Percebemos que dúvidas sobre a transmissão do vírus ainda permanecem, o que dificulta as ações de prevenção de cada trabalhador. Gotículas de saliva, presentes em espirro, tosse e catarro, além do contato próximo com a pessoa infectada e com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com boca, nariz ou olhos, são as formas de contágio”.
Os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a taxa de letalidade por infecção ao coronavírus é de 2% a 3% dos casos confirmados. “Esses casos podem ocorrer por complicações da infecção, como insuficiências respiratórias”, complementa.
O diagnóstico é feito com a coleta de materiais respiratórios em todos os casos suspeitos. As amostras são encaminhadas com urgência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), definido pelo Ministério da Saúde para cada região. No caso de São Paulo, é o instituto Adolf Lutz.
Recentemente, o Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), o Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo (Seconci-SP) e o Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP) elaboraram uma lista de recomendações, distribuídas em folhetos e cartazes nos canteiros de obras:
- Reduzir o contingente de pessoal na obra e no escritório por um período mínimo de 15 dias, começando por pessoas acima de 60 anos;
- Disponibilizar álcool gel 70% e lavatórios com água e sabão e higienizar leitores de biometria e catracas;
- Estudar soluções que evitem o transporte público dos colaboradores ou os exponham aos horários de pico foram algumas das recomendações às empresas.
Especificamente nos canteiros de obras, recomendou-se limitar o número de pessoas trafegando nos elevadores fechados (até 2 colaboradores) e nas cremalheiras (até 4), além da orientação de os funcionários higienizarem com frequência suas mãos e seus Equipamentos de Proteção (EPIs).