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AGÊNCIA CBIC

19/08/2011

Consumidores mantêm-se confiantes

"Cbic"
19/08/2011 :: Edição 161

 

Jornal Diário do Comércio – MG/MG 19/08/2011
 

Consumidores mantêm-se confiantes

A nota de crédito divulgada pelo Banco Central referente a junho aponta crescimento anual acumulado de 20% no saldo de operações com recursos livres e recursos direcionados, sinalizando que os consumidores brasileiros e os agentes do mercado continuam confiantes. Os dados, sem dúvida, refletem o fato de a taxa de desemprego do País ser hoje uma das menores entre as grandes economias mundiais e o grande movimento de inclusão socioeconômica verificado nos últimos anos, conforme reportagens publicadas recentemente, que mostram forte movimentação na contratação de mão de obra na terceira idade em decorrência da especialização da mesma, além de altas demandas no mercado imobiliário e no setor supermercadista.
 Para entender melhor todo esse quadro, é interessante cruzar os dados referentes ao crédito com o relatório "Os Emergentes dos Emergentes: Reflexões Globais e Ações Locais para a Nova Classe Média Brasileira", editado pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas, em cooperação com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). O estudo mostra que o Brasil, mais do que Rússia, Índia, China e África do Sul, integrantes do grupo denominado BRICS, apresentou crescimento de renda domiciliar. Foram 11,3 pontos percentuais acima do PIB acumulado no período de 2003 a 2009. Isso significa média anual de dois pontos percentuais. A boa notícia é que, em 2010 e 2011, a diferença tem aumentado, incluindo a renda domiciliar per capita  do trabalho (6,1% acima do PIB).
 Em números absolutos, o relatório da FGV mostra que, desde 2003, 50 milhões de pessoas, população superior à da Espanha, ingressaram no mercado consumidor. Aponta, ainda, que, nos últimos 21 meses, até maio de 2011, as classes C e AB cresceram 11,1% e 12,8% respectivamente. Nesse período, 13,3 milhões de brasileiros foram incorporadas às classes A, B e C, somando-se aos 36 milhões que migraram entre 2003 e 2009.   interessante verificar que a ascensão socioeconômica não condiz com uma possível diminuição do ritmo de expansão do PIB em 2011. Analisando essa constatação do relatório, podemos estimar que as perspectivas do mercado consumidor para o segundo semestre e o final de ano são positivas, devendo contribuir para uma performance talvez até surpreendente da economia nacional.
 Os dados relativos ao crédito divulgados pelo Banco Central e o relatório da FGV corroboram o avanço do Brasil no ranking  dos mercados consumidores. A sustentação desse bom posicionamento e seu avanço, contudo, dependem da continuidade do crescimento sustentável de nossa economia e, a mais longo prazo, do sucesso de políticas públicas mais eficazes de educação e saúde, essenciais para democratizar oportunidades e promover a inclusão social. Os programas de renda, como o Bolsa Família e o aumento do Salário Mínimo acima da inflação, não se sustentam por longos anos.
 Em meio a esse contexto, o crédito, mola propulsora da economia capitalista, tem papel fundamental, garantindo a capacidade de compra de bens de maior valor agregado pelos brasileiros que ascendem no plano econômico.   exatamente por isso que o governo procura conter o ímpeto inflacionário pelo aumento do juro, tentando atacar diretamente de modo direto a capacidade de consumo.
 No entanto, essa estratégia mostra-se paulatinamente menos eficaz, considerando que não estamos diante de um risco de inflação de demanda, afetando sobremaneira os recursos para investimentos. Assim, talvez fosse muito mais eficiente estimular o crédito na ponta dos investimentos, reduzindo os seus juros e promovendo a sua desoneração tributária, para que o Brasil pudesse capitalizar todos os impulsos positivos sinalizados por vários indicadores e estudos. Ou seja, fomentar o crescimento com base em sólidos fundamentos de produção, emprego e distribuição de renda.
"Cbic"

 

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