AGÊNCIA CBIC
Construção tem pessimismo recorde
28/08/2013 |
Valor OnLine Construção tem pessimismo recorde O Índice de Confiança da Construção (ICST), divulgado ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou 116,3 pontos na média móvel trimestral terminada em agosto. A pontuação, que representa queda de 4,7% na comparação com igual período do ano passado, é a menor desde que o índice começou a ser apurado, em julho de 2010. Na relação mês a mês, a pontuação de agosto, de 114 pontos, também é a menor da série histórica. Para Ana Maria Castelo, economista e pesquisadora da FGV, o resultado não surpreendeu, "pois a cada ano a confiança dos empresários do setor está se reduzindo". A queda se deve à desaceleração da economia e "à perspectiva frustrada de que o setor teria uma retomada neste ano." Houve piora também nos dois subíndices que compõem o ICST. Sempre na média móvel trimestral terminada em agosto ante o mesmo período de 2012, a confiança na situação atual, medida pelo Índice de Situação Atual (ISA) passou de retração de 7,8% em julho para recuo de 8,5% em agosto. Já no Índice de Expectativas (IE), que mede a perspectiva futura dos empresários da construção civil, o recuo passou de 0,8% para 1,4%. Com relação ao emprego, a construção civil deve terminar o ano praticamente sem crescimento ante 2012. No ano até julho, o emprego no setor cresce 1,35%. No mês passado, a alta foi de apenas 0,5%, o que indica, para Ana Maria, aumento do emprego perto de zero em 2013. "Tanto a expectativa futura quanto a situação atual apontam para uma desaceleração do setor, que está se refletindo no emprego", afirmou. A FGV também divulgou ontem que a inflação da construção civil, medida pelo Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), acumula alta de 6,71% em 2013; a elevação do custo da mão de obra, de 9,2%, respondeu por 70% desse incremento, segundo a entidade. Em agosto o indicador desacelerou e registrou alta de 0,31%, abaixo do resultado de julho, de 0,73%. De acordo com Ana Maria, a pressão dos salários no custo da construção civil não deve influenciar substancialmente os próximos meses do INCC-M.
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