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06/10/2011

Construção investe R$ 1,14 bi

"Cbic"
06/10/2011 :: Edição 192

 

Jornal Diário do Nordeste – Online/CE 06/10/2011
 

Construção investe R$ 1,14 bi

Valor supera 14% os aportes de 2010 e não contabiliza os investimentos nem do MCMV nem da Copa
 O setor de construção civil investiu em Fortaleza, no primeiro semestre deste ano, um volume de R$ 1,14 bilhão, valor que supera em 14% os aportes do ano passado. A quantia leva em consideração as vendas de incorporação, sem contar com os investimentos do programa federal de habitação Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Além disso, há uma previsão inicial de que, por consequência da Copa do Mundo, sejam investidos na Cidade, até 2014, recursos da ordem dos R$ 9,4 bilhões.
 Os números foram apresentados ontem pelo presidente do Sindicato da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), Roberto Sérgio Ferreira, a empresários locais e estrangeiros durante o Encontro de Negócios na Língua Portuguesa (ENLP), e mostram as potencialidades da capital cearense para receber investimentos externos no setor. "A Copa do Mundo vai intensificar e muito o setor da construção civil, com os investimentos em infraestrutura", destaca Ferreira, reforçando a importância do Nordeste neste quadro, já que a região terá quatro cidades como sedes dos jogos: Fortaleza, Natal, Recife e Salvador.
 De janeiro a agosto deste ano, o setor gerou, só na região, 44,6 mil empregos. E Fortaleza é uma grande responsável por estes números, através dos 480 canteiros de obras que existem hoje na capital, com destaque para os "supercanteiros" do Centro de Feiras e Eventos do Ceará e do Castelão. "O Hospital da Mulher também deveria ser um destes supercanteiros, mas a demora nas obras acabaram não constituindo um", pontuou.
 O presidente do Sinduscon-CE vislumbra duas possibilidades de negócios para investidores estrangeiros na construção civil cearense, em especial para os portugueses: a venda de tecnologia e de equipamentos para execução de obras.
 "Em relação à tecnologia, por exemplo, a estrutura metálica da cobertura do Castelão está sendo fabricada em Portugal. Sobre equipamentos, lá está sobrando, então, a facilidade de negociação é grande", destaca.
 "E com relação aos países da África de língua portuguesa, existe possibilidade de joint-ventures de empresas cearenses para irem pra lá. Todos esses países saíram recentemente de guerra civil, todos têm muito petróleo, portanto, têm condições de comprar as coisas, tanto que surgiu oportunidades a empresas no Ceará de realizaram construções lá", completa.
 Ameaças
 Ferreira apontou, entretanto, possíveis ameaças ao andamento das obras da Copa do Mundo em Fortaleza, como a redução das intervenções de mobilidade urbana, que de início seriam duplicações feitas em quatro avenidas da cidade, mas que agora poderá ocorrer em apenas uma: a Alberto Craveiro.
 O presidente do Sinduscon-CE também se mostrou preocupado com a demora nos processos licitatórios e com a inflação, além da possibilidade de escassez de materiais de construção e de mão de obra qualificada.
 ITA no Ceará
 Neste último ponto, ele informa que o Sinduscon pretende qualificar quatro mil profissionais no setor até 2014. Mas um grande projeto que vem sendo tentado pelo sindicato, com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e da Universidade Federal do Ceará (UFC) é trazer uma filial do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) a Fortaleza.
 "Hoje, 25% dos alunos do ITA são cearenses, e queremos fazer a retenção destes talentos, porque eles vão e não voltam. O ITA é um órgão estatal ligado ao comando da Aeronáutica. A gente já foi lá a São José dos campos, onde está localizado, e a Brasília umas dez vezes.
 Na Bahia já tem um centro de formação, fundado com auxilio da Ford, quando ela se montou em Camaçari. Quando conseguirmos apoio político, a gente consegue, porque espaço a gente tem, a construção do prédio rapidamente a gente possibilita", esclarece.
 A opinião do especialista
 Roberto Macêdo – Presidente da Fiec
 Língua é facilitador
 A língua sendo a mesma facilita tudo. E todas as áreas que eles (os investidores destes países de língua portuguesa) tiverem interesse, podem vir pro Ceará, assim como nós podemos também ir investir lá. Portugal seria o país com maiores condições de um intercâmbio. Com os outros países da África, seria mais as oportunidades de irmos pra lá, exportarmos pra lá e fazermos intercâmbio comercial. O que estamos buscando fazer é ampliar com Portugal, que é o maior investidor de turismo e da área imobiliária no Estado. Queremos reforçar o setor industrial, para virem pra cá, associando-se com indústrias locais, ou vindo sozinhos, com todo o apoio que podemos dar, junto com o Governo do Estado e os incentivos fiscais. Temos uma ZPE, que pode ser uma grande oportunidade pra um diversificação do nosso parque industrial. A gama é ampla. Estamos examinando o setor metal-mecânico. Tem vários empresários do setor que já se manifestaram, que estão interessados em investir, de participar dessa grande implantação de equipamentos que vão ser colocados aqui, com refinaria e siderúrgica. E ideia é que sejam fornecedores, trazendo os produtos de lá, ou vindo produzir aqui, que talvez seja o melhor caminho".
 PARA NEGÓCIOS
 Potencial surge nas cidades médias já é uma praça descoberta há bastante tempo pelos investidores estrangeiros, especialmente pelos empresários vindos de Portugal. Com a Copa do Mundo de Futebol, estes investimentos devem se intensificar ainda mais, contudo, para o presidente da Câmara Brasil-Portugal, Jorge Chaskelman, os empresários devem focar seus negócios agora em outras localidades: as pequenas e médias cidades do Ceará.
 Sobral, Juazeiro do Norte, Caucaia e Maracanaú, em especial, devem ser os novos destinos dos aportes estrangeiros, aponta Chaskelman. "Não são cidades tão pequenas assim. Elas estão num desenvolvimento enorme, e eu estou dizendo aos empresários europeus: olhem pras pequenas e medias cidades, que é aí que está o grande desenvolvimento e que neste momento é onde está o grande crescimento. É onde as prefeituras estão criando condições de isenção tributária, infraestruturas industriais que permitam o desenvolvimento, e oferecendo uma facilidade para pequeno e médio empresário entrar nesse mercado", analisa.
 Os portugueses, apesar de serem os principais investidores estrangeiros em diversos setores da economia cearense, ainda não entraram, ou têm uma presença muito pequena nestas cidades, e por isso, destaca o presidente da Câmara Brasil-Portugal, estão sendo criados eventos como o Encontro de Negócios na Língua Portuguesa (ENLP).
 Sensibilizar empresários "Nós queremos sensibilizar os empresários, pra convencê-los que, pra mim, o lugar certo é por aí. É muito mais fácil entrar por aqui que por São Paulo, que é muito grande. Eu vejo oportunidades em todos os ramos, hotéis, restaurantes, construção civil, agronegócio, parques industriais, calçado, entre outros", argumenta o presidente.
 E ainda completa: "Há tanta coisa acontecendo nestes lugares, faculdades que estão abrindo, são cidades que estão em total transformação que podemos confiar". (SS)
 ENERGIA EÓLICA
 Grupo Rolear quer instalar filial no CE
 Reunindo sete empresas que atuam nas áreas de água, gás eletricidade e comunicações, o grupo português Rolear pretende instalar no Ceará uma filial de seus negócios. O presidente do grupo, Antônio Afonso, está em sua primeira visita à Fortaleza em busca de oportunidade de investimentos no Estado, e participou ontem do Encontro de Negócios na Língua Portuguesa (ENLP). A princípio, segundo ele, a ideia é investir na área da energia fotovoltaica.
 "Pensamos que há possibilidades em várias cidades do Nordeste: Recife, Fortaleza, João Pessoa, Bahia. Pensamos que aqui o índice de crescimento é muito grande e, pra nossa atividade em Portugal, que é muito abrangente, vimos aqui encontrar potencialidades para desenvolver várias áreas do nosso negócio", destaca Afonso.
 O grupo está sediado na região portuguesa do Algarve, e vem se expandindo para diversos outras praças, especialmente nas áreas de energias alternativas e gás canalizado. "Estamos pensando em implantar aqui uma unidade de negócios, e estamos a definir a área, mas pensamos muito nas alternativas, mais na fotovoltaica. Podemos fazer um parque dos componentes, integrar a cadeia, incrementando o setor", informa. Segundo ele, existe a possibilidade de se associar a um outro grupo, que pode ser local, para implementar o investimento. (SS)

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