DCI – Comércio, Indústria e Serviços/SP
Construção abre 36,2 mil vagas em janeiro, estima o SindusCon-SP
IMÓVEIS Em 12 meses, o número de trabalhadores empregados cresceu 244%, e foram criados82 mil postos.
SÃO PAULO – O nível de emprego na construção civil brasileira cresceu 1,07% em janeiro na comparação com dezembro, com a criação de 36,2 mil vagas no País, de acordo com pesquisa mensal feita pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
No acumulado de 12 meses, o número de trabalhadores empregados cresceu 2,44%, com a criação de 82 mil postos. Com o resultado, a construção brasileira empregava, no fim de janeiro, 3,410 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Conforme o levantamento, no mês de janeiro o emprego na construção registrou declínio apenas na Região Norte em relação a dezembro (-0,17%). Na Centro-oeste, houve alta de 1,97%; na Sul, 1,71%; na Sudeste, 1,17%; na Nordeste, 0,47%.
Dos 3,410 milhões de trabalhadores com carteira assinada empregados ao final de janeiro, cerca de 1,723 milhão estavam na Região Sudeste, 727,3 mil na Nordeste; 474,6 mil na Sul; 273,9 mil na Centro-oeste e 210,8 mil na Norte. No Estado de São Paulo, o número de contratações cresceu 1,37% em janeiro ante dezembro, com a abertura de 11,9 mil vagas. O mercado de trabalho mantém o quadro de estabilidade, com baixo nível de desemprego, e deve se manter assim por pelo menos três meses, projetou o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), Fernando Barbosa Filho. "Não existe nenhuma tendência de que o emprego vai aumentar ou diminuir nos próximos meses. O mercado de trabalho brasileiro continua aquecido", afirmou.
Indicadores
Nesta segunda-feira, o Ibre/FGV divulgou os indicadores do mercado de trabalho. O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) e o Indicador Coincidente do Desemprego (ICD) apontaram recuo de 0,3% em fevereiro, o que é considerado um sinal de estabilidade pelo economista.
Ele argumenta que as estatísticas de emprego divulgadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego no início do mês, apresentaram um quadro pior do que o da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) porque há uma diferença na região pesquisada, já que a PME concentra-se nas regiões metropolitanas. "Apenas se o Caged persistir com taxas negativas será configurada uma tendência", acredita Barbosa Filho.
Em 2013, o Caged registrou o pior desempenho para um mês de janeiro na criação de postos de trabalho com carteira assinada desde 2009. No primeiro mês do ano, o ministério registrou um saldo de 118,89 mil postos de trabalho, 76% menos do que em janeiro do ano passado.
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