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AGÊNCIA CBIC

05/09/2013

Ceramistas querem recuperar espaço no mercado mundial

"Cbic"
05/09/2013

DCI – Comércio, Indústria e Serviços

Ceramistas querem recuperar espaço no mercado mundial

Carla Machado material de construção

SÃO PAULO

Depois de crescer 36% nos últimos cinco anos, as indústrias nacionais de cerâmica para revestimentos agora querem retomar o espaço que perderam no mercado mundial. O Brasil hoje ocupa a segunda posição no ranking mundial de produção e consumo, perdendo apenas para a gigante China. Em 2006, o País chegou a exportar até 30% de sua produção, mas hoje não passa de 7%, o que o coloca no quinto lugar, com vendas para 113 países nas Américas do Sul, Central e Norte, além do Caribe.

"Nossa capacidade produtiva atual é de 1 bilhão de metros quadrados, estamos produzindo 865,9 milhões e comercializando 803,3 milhões", afirma o superintendente da Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer), Antônio Carlos Kieling.

Segundo o executivo, a Itália já ocupou a primeira posição em produção. Mas, atualmente, está em quarto lugar, e o Brasil empatou com quesitos que tornavam os italianos uma referência da indústria mundial, como inovações tecnológicas e design sofisticado, explica o superintendente da Anfacer – que promove até amanhã (6), na Cidade do Panamá, um encontro com 25 empresas do setor cerâmico nacional e 60 distribuidores, compradores, importadores e varejistas internacionais com o objetivo de incrementar as vendas externas da cerâmica brasileira.

Segundo Kieling, os principais fatores que influenciam na restrição da produção são custos de energia, que respondem por 25% dos gastos da indústria; logística, e a retração da construção civil a partir do ano passado. "Foram feitos investimentos para aumentar a produção, mas o crescimento da construção civil não acompanhou a demanda que esperávamos", complementa o executivo, enfatizando que desse total, apenas 58,8 milhões de metros quadrados são exportados.

O superintendente justifica o baixo volume de exportação, 7%, devido à crise internacional de 2008, que afetou diretamente o setor da construção civil, seguido da perda de competitividade diante do mercado internacional, resultado dos altos custos com carga tributária, energia, logística e mão de obra.

"O setor cerâmico desenvolveu um plano estratégico de internacionalização que tinha como meta exportar cerca de 40% da produção anual", explica Kieling. "Em 2006 chegamos perto dos 30%, porém, a perda de competitividade levou a queda da participação do Brasil no mercado internacional", completa.

De acordo com Kieling, o otimismo em retomar o mercado externo se deve especialmente na capacidade da indústria brasileira, que se destaca pela modernidade e atualização com as tendências de decoração.

"Comparativamente à Itália e à Espanha, que são referências, o Brasil é uma alternativa de preço competitivo inclusive com design. A questão cambial é um fator que ajuda no processo, mas dentro das fábricas temos padrões de produção extraordinários".

Mercado interno

De 2007 a 2012, as vendas nacionais cresceram cerca de 36%. Resultado obtido após uma série de fatores que envolveram o aumento dos investimentos na indústria, modernização do parque fabril, aumento da demanda por parte do setor imobiliário e crescimento da renda interna no País. Para 2013, a expectativa é de incremento de 4,4% nas vendas externas e 2,15% na receita em comparação ao ano passado. Crescimento que será influenciado diretamente pelos programas governamentais de habitação.

"Temos grande distribuição do produto nacional. Nossa questão fundamental é que a indústria cerâmica está ligada diretamente à construção civil", diz Kieling.

De acordo com o termômetro da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), no mês de agosto, a avaliação do setor apontou o desempenho "bom" em sua maioria, com 56% de empresários otimistas. A expectativa para setembro é manter a média.

O otimismo pode-se observar também no crescimento de uma das empresas referências no mercado de revestimento. A Portobello S.A., que também participa do encontro da Anfacer, registrou receita líquida de R$ 383,4 milhões no 1º semestre de 2013, crescimento de 25% sobre o mesmo período de 2012. O Ebitda chegou a R$ 62,8 milhões e a margem em 16,4%, crescimento de 19% em relação ao ano passado. O lucro líquido foi de R$ 29,3 milhões, alta de 23% na comparação ao 1º semestre do ano passado. O investimento em ativo fixo é estimado em R$ 83 milhões.

Empresas como Portinari, Incefra, Incepa, Eliane, Porto Ferreira também participam do encontro. "Estão previsto cerca de 1,2 mil encontros de negócios entre a indústria e distribuidores, gerando negócios importantes", diz.
 

 



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