AGÊNCIA CBIC
CBIC faz balanço positivo do Governo e aponta desafios que esperam solução
O setor sofre também, segundo ele, com a insegurança jurídica e a burocracia, que dificultam os investimentos em infraestrutura e encarecem a produção. “Precisamos de regras claras para investir”, afirmou. Prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, concordou e disse que o município consolidou junto com o Poder Judiciário uma estrutura mais segura para os investimentos.
Martins sugeriu a Temer a elaboração de uma legislação que permita a revitalização dos centros urbanos. Depois do desabamento de um prédio em São Paulo, a imprensa noticiou a existência de 70 edifícios ocupados irregularmente na cidade. Esses prédios não são utilizados por causa de entraves legais, como problemas de acessibilidade, prevenção de incêndio, financiamento, incorporação e reincorporação. Para Martins, a solução é criar mecanismos legais nos moldes da reforma fundiária para liberar a ocupação dos imóveis, seguindo os padrões de segurança.
Para dirigentes e empresários do setor, com a remoção dessas barreiras a indústria da construção pode reagir e ajudar o Brasil a superar as dificuldades, gerando riqueza, emprego e renda para os trabalhadores. “Nosso setor está preparado para ajudar o País”, afirmou Marco Aurélio Alberton, presidente da Associação dos Sindicatos da Construção Civil de Santa Catarina (ASICC), realizadora do 90 ENIC. O setor, explicou, dispõe de trabalhadores qualificados e de tecnologia, é um dos maiores geradores de emprego do País e tem participação significativa na formação do produto interno bruto (PIB).
BALANÇO POSITIVO – O presidente da CBIC foi enfático ao apontar os avanços produzidos pelo governo de Michel Temer, apoiado pela construção desde seu início, em 2016. Dentre os fatos positivos, Martins destacou a regularização dos pagamentos do programa Minha Casa Minha Vida, a aprovação da reforma trabalhista e imposição de teto impedindo o crescimento desordenado dos gastos públicos. “O Brasil passa por uma revolução”, disse ele.
A reforma trabalhista, com a flexibilização das formas de contratação, “foi vital” para o setor de construção, e “trouxe oportunidades aos que desejam trabalhar e não somente ter um emprego”. Aplaudido, o presidente da CBIC disse que a reforma veio para dar mais segurança à sociedade, embora exista resistência de setores do Estado à aplicação das novas regras. Martins lamentou que a reforma da Previdência não tenha sido aprovada, e foi apoiado pelo governador de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira, que disse que o custo se tornou insustentável para o setor público.