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AGÊNCIA CBIC

21/02/2011

Casas pré-fabricadas, mas sofisticadas

21/02/2011 :: Edição 042

Revista Istoé   |   20/02/2011

casas pré-fabricadas, mas sofisticadas

Domingo, 20 de fevereiro de 2011

Esqueça os chalés rústicos. Empresas apostam em construções modulares de vidro, metal e madeira com muita tecnologia

Claudia Jordão

Se até pouco tempo atrás, casa
pré-fabricada era sinônimo de ausência total de estilo, paredes com
cupins, cheiro de mofo e durabilidade zero, hoje pode-se dizer que elas
se reinventaram completamente. Na última década, empresas americanas,
canadenses e australianas investem em projetos arrojados de design
contemporâneo e tecnologia de ponta para levantar moradias 
que aliam charme e durabilidade e são sustentáveis. E a tendência acaba
de chegar ao Brasil. Uma empresa curitibana contratou um escritório de
arquitetura para assinar os primeiros projetos – há dois modelos
básicos, que permitem adaptações, disponíveis para a venda. A tecnologia
utilizada é a americana wood frame, que garante paredes, pisos e tetos
estruturados, duradouros e bem-acabados. "O design contemporâneo das
novas pré-fabricadas reflete a sua modernidade", diz Caio Bonatto,
diretor e sócio da TecVerde. "Elas são tecnológicas e sustentáveis, uma
tendência na construção civil." Para trabalhar com o produto no Brasil, Bonatto e sua equipe receberam dois anos de treinamento de uma empresa alemã.

O novo estilo só é possível graças ao wood frame,
que substitui a madeira das antigas pré-fabricadas. A tecnologia é usada
em cerca de 90% das moradias nos Estados Unidos e tem se popularizado também na Ásia. São chapas
usadas como piso, teto e parede, feitas de um sanduíche de materiais:
madeira (responsável pela estrutura), lã de vidro (isolamento térmico e
acústico) e uma película especial, que controla a umidade e o vapor.
Aceitam acabamentos como o gesso, na parte interna da casa, e o concreto, no exterior dela. Por isso, a aparência é a mesma de uma casa
de alvenaria. Protegida contra a umidade, a madeira do wood frame não
corre o risco de rachar ou apodrecer. O material também garante a
redução do impacto ambiental desse tipo de construção, graças à baixa
geração de resíduos, sistema de aquecimento solar e captação de água.

Além disso, essa tecnologia permite rapidez na construção da obra. Quem optar por uma casa
modelo Slim, da linha contemporânea, vê o lar de 152,8 m² de pé em três
meses. O custo é de R$ 1,35 mil a R$ 1,6 mil, o m², dependendo do
material usado no acabamento. Graças ao sistema modular do wood frame, é
possível construir qualquer tipo de casa.
Com tantas vantagens, por que o material só chegou ao Brasil
recentemente? Segundo o presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil
(IAB), Gilson José Paranhos, a demora tem razões culturais. "O
brasileiro não está acostumado ao material, que ainda está ligado a uma
arquitetura tipicamente americana", diz ele. "A partir do momento que
ele ganhar força em projetos realizados no Brasil, deve se fortalecer."

Nos Estados Unidos, a empresa ItHouse, em parceria com os arquitetos da Taalman Kock, também desenvolveu moradias com excelência em design através de uma técnica de construção modular. É o caso da Three Rivers ItHouse, a charmosa casa
de veraneio de um casal de artistas plásticos de Los Angeles. Com 110
m², situada no deserto da Califórnia, foi construída através do encaixe
de módulos de alumínio e vidro, que recebem acabamento como cimento
queimado no piso. "O casal costumava acampar no lugar", diz Linda
Taalman, diretora de criação e arquiteta da Taalman Kock. "Ao
encomendarem a casa,
eles pediram integração total com o meio ambiente, sem abrir mão do
conforto." As ItHouses são feitas sob encomenda e montadas a partir de
módulos pré-fabricados. É possível encomendar piso, teto, paredes e
janelas, além de móveis e objetos de decoração, como cortinas –
indispensáveis para casas de vidro. Nos Estados Unidos, uma ItHouse é
levantada em 12 semanas, incluindo o tempo de entrega do material. E,
segundo a empresa, dá para montar sem mão de obra especializada, apenas
com a ajuda de alguns bons (e dispostos) amigos.

Há oito anos na Nova Zelândia, a BachKit também tem a
bandeira da sustentabilidade a seu favor. Desenvolve casas iluminadas,
com varandas amplas, que funcionam bem no verão e são aconchegantes no
inverno. Também são feitas de módulos de alumínio e vidro e construídas
em 12 semanas. Assim como as casas da TecVerde e da ItHouse, as
construções BachKit são consideradas verdes. Outra vantagem é que podem
ser remontadas. A canadense BritCo foi a responsável por construir as
instalações para os Jogos Olímpicos de Vancouver, no Canadá. Com o fim
da competição, as construções de wood frame foram transformadas em moradia popular. Práticas, rápidas, tecnológicas, sustentáveis e charmosas. Nada mais atual.


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