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AGÊNCIA CBIC

05/09/2013

Carteira assinada na construção avança 4,5%

"Cbic"
05/09/2013

Diário do Nordeste

Carteira assinada na construção avança 4,5%

Para o Sinduscon-CE, o percentual está dentro da normalidade. O que preocupa o setor é o aumento dos salários

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que, entre janeiro e julho deste ano, a construção civil no Ceará teve um incremento 4,53% na geração de postos de trabalho com carteira assinada, em relação a igual período de 2012. O índice, resultado de 49.223 contratações contra 45.242 demissões, com saldo positivo de 3.981 vagas.

Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Ceará (Sinduscon-CE), Roberto Sérgio, o percentual de crescimento está dentro da normalidade. "Há alguns anos, a gente vinha crescendo entre 10% e 12% por semestre. Agora, está em torno de 5%, o que não é nada relevante. Nós só consideramos que há um crescimento ou uma queda alta quando é superior a 10%. A geração de empregos crescer em torno de 5% na indústria da construção civil é uma tendência normal", afirma.

O que vem preocupando o setor, segundo Roberto Sérgio, é o salário pago aos operários da construção civil, que, conforme diz, vem subindo, anualmente, cerca de 5% acima da inflação. "O salário está começando a preocupar. Temos hoje o maior salário da indústria e as melhores vantagens. A indústria da construção civil no Ceará é a única do País que tem vantagens como participação nos lucros e resultados. Nos últimos seis anos, os salários na construção civil subiram cerca de 5% acima da inflação. Esse acumulado dá um crescimento real dos salários de 30% nos últimos seis anos. Isso é preocupante porque, daqui a pouco, a gente não vai conseguir pagar e vai gerar desemprego", diz.

Para ilustrar este possível cenário, o presidente do Sinduscon-CE cita o exemplo da indústria automobilística na região do ABC paulista, que, de acordo com ele, tem perdido muitas empresas devido aos altos salários. "Os carros brasileiros estão entre os mais caros do mundo, porque os metalúrgicos do ABC ganham o dobro que um metalúrgico, em posição semelhante, ganha em outra empresa fora da região. Por isso que muitas indústrias do ABC têm se mudado para Minas Gerais, por exemplo, fugindo das exigências sindicais", diz.

Risco de desemprego

No caso da construção civil, mesmo que o setor continue crescendo, ele explica que, caso os salários continuem subindo do mesmo modo, o desemprego pode ocorrer por meio do maior investimento dos empresários em tecnologia para melhorar ainda mais a eficiência. "A tendência é que as empresas comecem a se preocupar com isso e passem a melhorar a automação", enfatiza, acrescentando que é preciso ter "bom senso" para evitar maiores problemas. "No ano passado, tivemos 31 dias de greve. Agora, por conta do estádio Castelão, houve uma negociação por conta da pressão, pois todos sabiam que o estádio tinha que ficar pronto para a Copa das Confederações, e a empresa aceitou pagar uma cesta básica de aproximadamente R$ 320,00 para os trabalhadores, o que é quase 40% do salário", conta.

De acordo com Roberto Sérgio, atualmente, o salário médio dos operários da indústria da construção civil está em torno de R$ 1.000,00. "O mínimo é de R$ 700,00. O máximo é de R$ 3.000,00, na categoria de operário, pago para um pedreiro de bom acabamento, por exemplo. Já um mestre de obras ganha entre R$ 5.000,00 e R$ 6.000,00", explica.

Perspectiva

Mesmo com essa preocupação, Roberto Sérgio acredita que a geração de empregos na indústria da construção civil no Ceará pode encerrar o ano com uma expansão um pouco acima de 5%, "pois o segundo semestre sempre é melhor".

Já com relação ao faturamento do setor, ele acredita que haverá um crescimento de 2,5% em 2013, o que ele considera "pífio", mas um pouco melhor que a média do Brasil. "A construção civil está em um ambiente de acomodação. As demais atividades estão tendo resultados negativos e o nosso desempenho ainda está positivo. Isso é bom, mas também preocupa, pois se os outros não estão crescendo, quem vai comprar (do nosso setor)?", questiona, emendando que, para 2014, a expectativa é que os resultados sejam melhores.

 



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