
AGÊNCIA CBIC
Brasil reduz o déficit habitacional
A carência por moradias no país diminuiu, segundo dados divulgados ontem.
Em 2008, de acordo com a Fundação João Pinheiro (FJP), a necessidade passou a ser de 5,8 milhões de domicílios.
Houve uma redução em relação ao valor registrado em 2007, que era de 6,3 milhões.
O anúncio foi feito ontem (22) pelo ministro das Cidades, Márcio Fortes, durante a abertura do Fórum Urbano Mundial 5, que está sendo realizado no Rio de Janeiro.
Segundo estudo da FJP, desses 5,8 milhões de domicílios, 82% estão localizados nas áreas urbanas.
As principais áreas metropolitanas do país indicam um déficit de 1,6 milhão de domicílios, representando 27% das carências habitacionais. Em relação ao total dos domicílios, o déficit representa 10,1% do país, sendo 9,7% nas áreas urbanas e 11,9% nas rurais.
A justificativa para a redução do déficit se deve à nova metodologia utilizada pela FJP para a mensuração do déficit no país.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNAD-IBGE), foram revistas as estimativas dos números de famílias e de domicílios existentes no país.
A metodologia do estudo, oficialmente utilizada pelo Ministério das Cidades, se baseia em um conceito amplo de necessidades habitacionais que engloba tanto o déficit pela inadequação quanto pela coabitação familiar.
Com o crescimento do setor habitacional em 2008, o número de domicílios novos superou, pelo terceiro ano consecutivo, a formação de novas famílias, o que justifica a redução.