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AGÊNCIA CBIC

11/07/2013

BC evita surpresas e ruídos de comunicação

"Cbic"
10/09/2010 :: Edição 001

Valor Econômico

BC evita surpresas e ruídos de comunicação

Por Alex Ribeiro

A decisão tomada pelo Copom foi exatamente dentro das expectativas do mercado. O comunicado, uma cópia idêntica do anterior, com exceção da nova taxa básica, não traz nenhuma informação nova. É sinal de que, na visão do Copom, o mercado financeiro está lendo direito as suas intenções. O que os analistas econômicos esperam, segundo a pesquisa Focus do BC, é que os juros terminem 2013 em 9,25% ao ano. A projeção dos Top 5 é uma Selic de 9,5% ao ano no fim de 2013.
Nos últimos dias, o BC tem guardado silêncio. Não comentou a queda maior do que a esperada da produção industrial, de 2%, divulgada na semana passada, que levou o mercado a apostar numa alta menor dos juros.
Também não se pronunciou sobre o IPCA de 0,26%, menor do que o esperado, para junho. Uma das poucas mensagens enviadas por fontes do BC é que o IPCA de junho ficou dentro das expectativas. Embora a projeção contida nos seus modelos fosse uma inflação de 0,36%, o percentual efetivamente medido pelo IBGE confirma o cenário traçado pelo BC há alguns meses, de que os índices de inflação mensal iriam recuar no segundo semestre.
Em meses anteriores, o BC havia feito pronunciamentos sobre o IPCA. A explicação, no BC, para não fazer pronunciamentos agora sobre esses temas foi de que a comunicação com o mercado financeiro está boa – e que portanto seria adequado não criar ruídos, sobretudo às vésperas de uma reunião do Copom.
Só a ata do Copom, a ser divulgada na semana que vem, irá revelar mais detalhes sobre o que o colegiado pensa desse dois indicadores do IBGE. Uma hipótese é que o BC vai aproveitar esses eventos positivos para a dinâmica inflacionária – crescimento mais baixo e preços correntes em desaceleração – para ancorar as expectativas.
Outra hipótese é que o Copom resolveu seguir com uma estratégia de cautela num período de alta volatilidade do dólar e seu repasse para a inflação. O BC tem afirmado, em pronunciamentos oficiais, que num ambiente de desaceleração econômica e durante um ciclo de alta de juros, o repasse da variação cambial para a inflação costuma ser menor.
Mas, por outro lado, o ambiente de volatilidade cambial dificulta o ancoramento das expectativas de inflação. Num ambiente de incerteza, como o atual, é maior o risco de os agentes econômicos desprezarem eventos positivos para a dinâmica inflacionária, como queda da inflação corrente e desaceleração econômica. De fato, as expectativas de inflação para 2013 caíram pouco na semana passada. E a expectativa para 2014 sofreu uma ligeira deterioração.

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