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AGÊNCIA CBIC

20/03/2014

Atraso no Minha Casa Minha Vida 3 pode provocar demissões nas construtoras em 2015

"Cbic"
20/03/2014

IstoÉ Dinheiro Online

Atraso no Minha Casa Minha Vida 3 pode provocar demissões nas construtoras em 2015

Empresas do setor dizem que indefinição sobre a continuidade do programa levou empresas a pararem seus planos

Por Denize BACOCCINA

A demora do governo em definir o lançamento da terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida, de construção de residências populares, pode levar a demissões no setor no próximo ano, na avaliação de entidades que representam as empresas na área de construção e comercialização de imóveis. "O Minha Casa Minha Vida 3 está atrasado e as empresas estão com seus planos para o ano que vem parados", diz Paulo Safady Simão, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção. "Com certeza haverá demissões no setor, porque os projetos demoram pelo menos um ano entre a definição e o início da obra", confirma o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Rubens Menin.

A criação de empregos no setor já vem caindo nos últimos anos. De um pico de 347 mil postos de trabalho em 2010 para 99,7 mil no ano passado, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Para Simão, o Minha Casa Minha Vida é um grande sucesso, e as obras já contratadas já estão em andamento e serão entregues nos próximos meses. O problema, diz ele, é que o fluxo para as novas encomendas foi interrompido, já que ninguém sabe se o programa, que depende de financiamento e subsídios federais, terá continuidade. Isso já aconteceu, lembra ele, no fim do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010, quando a segunda fase do programa só foi definida em setembro.

CBIC e Abrainc lançaram nesta quarta-feira 19, um estudo realizando pela Booz & Company mostrando que a burocracia aumenta em 12%, em média, o custo das construções. Desse total, apenas 1% são custos diretos e 11% são custos de capital, por causa dos recursos que precisam ser investidos na obra enquanto o imóvel não está pronto para ser comercializado. "Dos cinco anos que um imóvel financiado pelo Fundo de Garantia leva para ser entregue, dois anos são consumidos pelos processos burocráticos", afirma Menin.

A maior parte dos entraves burocráticos está nos municípios, que têm legislações específicas para determinar os procedimentos de liberação das obras, desde as licenças ambientais até a entrega dos documentos para o comprador. Nos imóveis do Minha Casa Minha Vida, cujo trâmite foi simplificado após discussões entre o governo e empresas do setor, o custo varia entre 4% e 6%.

O estudo estima que a ineficiência da cadeia imobiliária onera o setor em cerca de R$ 19 bilhões, para um faturamento estimado em R$ 300 bilhões. Um dos maiores problemas é que os órgãos que lidam com a burocracia não aumentaram suas estruturas, enquanto o número de imóveis construídos dobrou desde 2005, para cerca de 500 mil por ano. O levantamento mostra alguns bons exemplos, como a prefeitura do Rio e o Estado de São Paulo, que criaram balcão único para dar entrada nas autorizações de novas construções.

 


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