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AGÊNCIA CBIC

30/06/2011

Alguns empreendimentos nem foram contratados

"Cbic"
30/06/2011 :: Edição 129

Jornal Brasil Econômico/BR – 30/06/2011

Alguns empreendimentos nem foram contratados

INFRAESTRUTURA URBANA

 Diferentemente do que ocorre com estádios, que podem ter construção e reforma aceleradas, ritmo de obras de infraestrutura urbana preocupa especialistas

 TEXTO ARISTEU MOREIRA

 Muitas das obras de infraestrutura para Copa e Olimpíada estão com atraso até na elaboração dos projetos.

 Uma parte sequer foi contratada, lembra Manuel Rossito, diretor do Departamento de Infraestrutura da Indústria da Construção da Fiesp. "Mas, dá para acelerar", ameniza.

 "Em uma questão pontual, a dos estádios, pode se estabelecer dois turnos de trabalho e se consegue reduzir os prazos". A aceleração das demais, principalmente das relativas à mobilidade urbana, é mais complexa.

 Elas têm maior impacto no meio ambiente, interferências em redes de água, energia, petróleo, e envolvem muitas instâncias de poder. "Dificilmente se tem como agilizá-las.", diz. No tocante aos aeroportos, o início e deslanche das obras é ainda mais difícil, admite Rossito, porque "dependem da equação entre as instâncias de poder e elas têm de estar todas afinadas – o Estado, os agentes de controle internos e externos (tribunais de contas) e as áreas que administram, autorizam ou outorgam concessões.

 Precisa de um alinhamento muito forte." A sustentabilidade na construção privada e na pública ainda enfrenta alguns problemas, como o gargalo representado pela mão de obra despreparada, a falta de infraestrutura urbana adequada para uma melhor qualidade de vida – principalmente onde os empreendimentos imobiliários são erguidos-e a insegurança jurídica nos contratos com o poder público. Mas, no item qualidade de vida, destaca Rossito, a sustentabilidade criou um círculo virtuoso: "É uma solução para a melhoria urbana, na medida em que obriga a recuperar áreas urbanas degradadas e a criar infraestrutura- escola, saúde, lazer e pavimentação".

 Grave, também, é a questão da segurança jurídica. "O empresário não se sente seguro para investir com o Estado. É ruim a forma de liquidação de pendências entre empresa e governo. Quando há impasses, se vai à Justiça e a ação demora 10 anos. O empresário ganha e o que tem a receber vira precatório e vem nova demora para o pagamento", diz Rossito Maurício Bernardes, gerente de desenvolvimento da Tecnisa, construtora de imóveis, considera baixa a adesão de sua área à construção sustentável e, menor ainda, o interesse do público consumidor.

 "No setor residencial, ainda é minoria o público que, ao comprar, leva em consideração os atributos da sustentabilidade. Escolhem por outros benefícios como a localização ou arcar com um condomínio menor", diz o especialista.

 "Fizemos um investimento vultoso prossegue Maurício – em um empreendimento nosso em Guarulhos. Com ele fomos pioneiros na adesão ao Programa Nacional de Consumo de Energia Elétrica (Procel), que dá certificação de eficácia no uso e economia de energia), instalamos medidores de água individuais, aquecedores, e a constatação é que os clientes compraram porque com o investimento haveria uma economia de R$ 200 mil anuais no condomínio".

 Também os agentes que bancam a construção civil e pública no Brasil – inclusive os bancos oficiais – teoricamente não financiam empreendimentos que tenham passivo ambiental e não se disponham a cumpri-los. Mas, a adesão às exigências ambientais como condição para obter o dinheiro é voluntária e mesmo aqueles que não aderem obtém os recursos do mesmo jeito.

A sustentabilidade na construção privada e na pública enfrenta alguns problemas, como o gargalo representado pela mão de obra despreparada e falta de infraestrutura. 


 

 
"Cbic"

 

 

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