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AGÊNCIA CBIC

13/05/2015

Ações das construtoras caem com menos crédito

Pior desempenho foi da Rossi, com queda de 12% em abril; ontem, Imob recuou 1,5%

O desaquecimento da economia aliado aos saques na poupança que ameaçam o credito imobiliário já começam a se refletir nos preços das ações de construtoras negociadas na Bolsa. No mês passado, apesar de uma alta de 9,9% do Ibovespa, o Imob, que reúne as ações das empresas do setor, recuou 3,3%. Ontem, fechou novamente em queda de 1,5%.

"A disponibilidade de crédito, juntamente com o crescimento da renda e do mercado de trabalho, foram elementos decisivos para o desenvolvimento do segmento imobiliário nos últimos 10 anos. O momento é agora um pouco diferente, já que os dados recentes mostram uma desaceleração tanto no trabalho mer cado e de renda média. Esses dados, juntamente com a contração do crédito, indica tuna situação difícil para construtoras", diz relatório do BB Investimentos divulgado ontem. "Além disso, as vendas decepcionantes nos últimos trimestres, o maior endividamento e os níveis de estoques observados em muitas empresas desenha um cenário com expectativa desfavorável de curto prazo para o segmento".

Segundo o Secovi de São Paulo, o nível de estoque atual na cidade é de 27.471 unidades. A média das unidades vendidas por mês em 2015 foi de 730 unidades, o que implica que levaria 38 meses para que todas as unidades em estoque sejam vendidas, se a velocidade se mantiver. "Estoques elevados e baixas vendas afetaram a maioria das empresas e também levanta questões sobre quanto tempo vai levar para a recuperação", diz o relatório.

No início deste mês, a Caixa Econômica Federal reduziu o percentual máximo de financiamento imobiliário para imóveis usados de 80% para 50% no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), e 70% para 40% no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). O banco passa por um descasamento entre o desempenho do crédito imobiliário e as aplicações em poupança: em 2015, de acordo com dados da Abecip, entidade que reúne representantes do setor, os depósitos de poupança sofreram saques líquidos de R$ 29 bilhões.

A fim de complementar a fonte para os financiamentos de imóveis, a Caixa capta dinheiro usando instrumentos alternativos – como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), que são mais caras. Por essa razão, o banco elevou as taxas e foi levado a reduzir a liberação de empréstimos. Ambas as mudanças, a primeira vista, podem parecer aumentar a demanda por construtoras, uma vez que ela é aplicada apenas para unidades usadas. "Mas nós acreditamos que os preços dos imóveis novos vão avançar para a mesma direção no longo prazo", dizem os analistas do BB BI.

O índice FipeZap caiu pelo sexto mês consecutivo: o preço médio de venda por metro quadrado nas 20 cidades pesquisadas trouxe queda real de 3,47% nos quatro primeiros meses de 2015. Léa De Luca

Vendas desaquecidas nos últimos trimestres, maior endividamento e os níveis baixos de estoques em muitas empresas desenham um cenário negativo a curto prazo/ Brasil Econômico

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