Acessibilidade é debatida na Fiec

O fórum contou com participantes que avaliaram as falhas na implementação de políticas públicas na área

 A acessibilidade, as conquistas e as falhas de políticas voltadas para a sua implementação foram temas debatidos no II Fórum de Deficiência e Acessibilidade, realizado ontem na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), em Fortaleza.

 O evento, promovido pela empresa Arte e Pensamento, foi uma oportunidade para discutir avanços obtidos com a execução de leis já em vigor, realizar intercâmbio de informações e traçar novos caminhos para que seja possível tornar realidade anseios de portadores de necessidades especiais, como a sua participação efetiva na sociedade.

 Segundo Gláucia Andrade, organizadora da iniciativa, a ação é uma oportunidade para que a temática seja discutida e conhecimentos possam ser trocados e repassados. "Este momento é muito importante, pois por meio da apresentação de propostas do que está sendo e do que será feito é possível encontrarmos os melhores rumos para o assunto", disse. Dentre os palestrantes do Fórum, estavam Fernando Fernandes, ex-Big Brother Brasil (BBB) e campeão mundial de paracanoagem; Roberto Sérgio Ferreira, presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE); e Nadja Dutra, conselheira do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Ceará (Crea-CE).

 Realidade

 Para Fernandes, que ficou paraplégico após acidente de carro, as barreiras físicas são enfrentadas todos os dias por pessoas deficientes. "Precisamos lutar com as nossas próprias ferramentas e assim mostrar para o mundo que é possível", relata.

 Em sua explanação, a engenheira civil Nadja Dutra enfatizou que Fortaleza não oferece o mínimo de acessibilidade física aos pedestres em geral. "Em 2030, 22% da população no Brasil será composta por idosos, estes também necessitam de espaços acessíveis", disse.