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AGÊNCIA CBIC

14/07/2014

A força do empreendedorismo

"Cbic"
14/07/2014

Correio Braziliense

A força do empreendedorismo

CARLOS PONTES 

 Jornalista

 Ser empreendedor no Brasil é iniciar e continuar o próprio negócio, demonstrando autoconfiança, capacidade de inovação, ousadia e persistência, o que revela grande autoestima e fé na vida. O empreendedorismo é a capacidade da pessoa de lançar-se no mundo dos negócios, enfrentando todo tipo de dificuldades, com uma força que o torna vencedor, principalmente se respeitar a ética e praticar o marketing verdadeiro, o que atende à demanda dos consumidores.

 De fato, o caminho mais simples e talvez mais fácil é a pessoa se dedicar a vencer no serviço público, seja por concurso, forma mais usual, seja por indicação política para cargo comissionado. Milhares de brasileiros se dedicam a essa opção, estudando nos cursinhos preparatórios para concursos públicos, ou se engajando em campanhas políticas na esperança de, eleito, o candidato indicá-los para cargo público. E assim vai a roda da política. Enquanto na Inglaterra, nos Estados Unidos e em outros países o número de cargos comissionados por indicação política é diminuto, só no governo federal temos cerca de 22 mil cargos indicados, sem contar os milhares dos governos estaduais e municipais.

 São milhares de estudantes brasileiros, cujos pais se sacrificam para pagar-lhes os cursos preparatórios para concursos, que se multiplicam também às centenas, principalmente nas capitais. E se preparam com afinco e sacrifício. Mas existe também os de mentalidade medíocre, que só pensam em se locupletar nas tetas da República.

 De qualquer modo, num país em que o slogan parece ser "podendo complicar, por que facilitar?", o empreendedor merece respeito, pois não é fácil enfrentar a burocracia que tanto atrasos e prejuízos causa à nossa gente. Caio Prado Júnior (1907-1990) escreveu que o legado de uma "monstruosa, emperrada e ineficiente máquina burocrática" nos foi deixado pelo colonizador português, mas Portugal agora se atualizou. Para fechar uma empresa em Portugal, leva-se dois dias, enquanto no Brasil são mais de 100 dias.

 O Estado deveria ser parceiro do empreendedor, incentivar os negócios que geram renda e riqueza para o Brasil. Mas não parece ser essa a mentalidade dominante. Os entraves burocráticos, as exigências desnecessárias, a demora na aprovação das demandas criam o já famoso custo Brasil. Segundo estudo da consultoria Booz & Company, a pedido da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, o prazo médio de entrega de unidades habitacionais nas cinco regiões do país aumenta de 32 para 60 meses por conta da pouca celeridade das prefeituras. O estudo, realizado em mais de 50 empresas de perfis diferentes em todo o país, concluiu que cerca de R$ 18 bilhões anuais são pagos por conta da burocracia, o que corresponde a 12% do valor médio dos imóveis.

 Em Brasília, por exemplo, 4,2 milhões de m² de obras estão à espera de aprovação pelo GDF. A demora no licenciamento dos projetos ou na concessão do habite-se acarreta aumento no custo dos imóveis. E isso em todo o Brasil.

 Vamos lutar para simplificar, reduzir a burocracia, mas a luta continua. E o empreendedor pode contar com a ajuda do Sebrae nos estados para orientá-lo, frequentando cursos presenciais ou a distância, a fim de se tornar um microempreendedor individual ou ter uma microempresa ou uma empresa de pequeno porte. O microempreendedor individual (MEI) tem acesso a vários benefícios, inclusive a cobertura previdenciária, acesso a linhas de crédito e está isento dos impostos federais e a sua formalização é feita pela própria internet.

 Os interessados em iniciar um negócio que queiram adquirir noções básicas de como gerir um empreendimento e os proprietários de pequenos negócios que almejam capacitação em empreendedorismo e precisam repensar o empreendimento podem fazer o curso a distância no Sebrae denominado aprender a empreender. E assim aprender a fazer um plano de negócios e a gerir o próprio empreendimento.

 Os empreendedores são ousados, causam impacto na economia, acreditam na livre iniciativa, recolhem impostos, sustentam a máquina pública. E essa, que patina em gestão burocrática, só poderá ser mudada por meio de legislação e de uma nova cultura. E é no voto que essa mudança poderá ser feita.



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