AGÊNCIA CBIC
Indústria patina
04/12/2013 |
Correio Braziliense Indústria patina » SIMONE KAFRUNIA indústria perdeu ritmo e retomou os baixos índices de crescimento que tem registrado desde o fim de 2010. De julho a setembro deste ano, a produção industrial avançou apenas 0,1% sobre o trimestre anterior e 1,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os números do IBGE, revelam que o salto de 2,2% registrado no segundo trimestre foi exceção. Os segmentos de transformação, com queda de 0,4%, e da construção civil, que recuou 0,3%, não tiveram fôlego para alavancar a retomada do setor. O dado geral só não foi pior porque o ramo extrativo mineral compensou, com alta de 2,9% no período. "O crescimento deve continuar modesto no último trimestre do ano e também no início de 2014", estimou Rogério César de Souza, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), esse ritmo reflete a baixa competitividade do Brasil. "A aceleração do crescimento depende da superação de problemas estruturais, com a redução dos custos de produção e o aumento da produtividade da indústria", afirmou a entidade. Acomodação Acostumada a crescer mais do que o PIB geral, a construção civil se enfraqueceu em 2013. O mercado imobiliário está em compasso de espera, sem promover lançamentos e desovando estoques, conforme o economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) Luiz Fernando Melo Mendes. "Houve uma acomodação, no aguardo de fatores estimulantes, como o lançamento da terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida, e a desoneração do setor", disse. As empresas se ressentiram também da greve do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que durou mais de 60 dias. A demora das concessões de logística e atrasos no pagamento de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também atrapalharam. |
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