
AGÊNCIA CBIC
PIB da construção pode crescer 2,8% em 2014, prevê Sinduscon
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03/12/2013 |
DCI – Comércio, Indústria e Serviços PIB da construção pode crescer 2,8% em 2014, prevê Sinduscon Paula Cristina Após um ano marcado por reestruturação e redução de custos entre construtoras que atuam no País, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon) projeta que o próximo ano será difícil. A perspectiva do sindicato é que o Produto Interno Bruto (PIB) do setor cresça 2,8% em 2014, se o PIB do País se elevar em 2%. A previsão também é que a taxa de investimento deverá ficar em 19,8% do PIB, número considerado bom pelo presidente do sindicato, Sergio Watanabe. Já o emprego formal no setor deverá apresentar alta de 1,5%, enquanto a produção de materiais aumentará 3,6%. No caso do mercado imobiliário, a perspectiva é de um crescimento mais moderado, longe dos picos verificados em anos anteriores. As regiões de São Paulo e Rio devem seguir aquecidas, mas outras regiões devem ter um desempenho mais fraco "O ano de 2014 será um ano difícil", afirmou a coordenadora de estudos da construção da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ana Maria Castelo, Este ano, a entidade projeta crescimento de 2% para o PIB da construção e de 2,5% para o PIB do País. A previsão anterior da entidade, é que o setor somasse fatia de 3,5% a 4% no ano. A taxa de investimento deverá ficar em 19,3% do PIB, o emprego formal na construção deverá aumentar 1% em relação a 2012, com alta de 2,6% na produção de materiais. Para Ana Maria, a redução na previsão ocorreu pela demora na recuperação das obras imobiliárias (edifícios residenciais e comerciais) e de infraestrutura (rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, entre outros). "Esperava-se que tivesse uma recuperação do mercado imobiliário a partir do meio do ano e que os investimentos em infraestrutura fossem corroborar para o crescimento da construção, mas nada disso aconteceu", afirmou. Ana Maria observou que, apesar dos lançamentos e vendas de imóveis continuarem fortes em São Paulo e Rio de Janeiro, o mercado imobiliário nas demais regiões teve retração. No caso de infraestrutura, houve lentidão na execução das obras, principalmente aquelas oriundas de concessões. "Houve uma série de problemas de ordem pública e privada que alteraram o cenário previsto", completou Eduardo Zaidan, vice-presidente de economia do Sinduscon-SP. "Estamos abaixo do crescimento do PIB do País, o que é bastante atípico", reconheceu. Ele lembrou que o cenário macroeconômico também passou por fortes turbulências, como ciclo de alta da Selic e variações no câmbio, além de um noticiário pessimista com influências sobre a confiança de empresários e consumidores. Cenário semelhante Para 2014, Ana disse que o cenário será semelhante ao deste ano. "Os programas de concessão começaram a sair, mas isso só será percebido mais perto do fim do ano", disse. Por outro lado, é esperada uma aceleração nas obras já em andamento, para que sejam entregues ainda no primeiro semestre de 2014, que tem período eleitoral no segundo semestre. "A atenção para o crescimento da atividade de construção vai se voltar mais para infraestrutura". |
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