
AGÊNCIA CBIC
Setor recebe só metade dos recursos necessários
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20/08/2013 |
Valor Econômico Setor recebe só metade dos recursos necessários DAVILVM DOURADO / VALOR O Brasil investe em saneamento básico metade do valor necessário para que os serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto sejam universalizados. Pelo Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), seriam necessários investimentos de RS 400 bilhões até 2030 para que a totalidade das residências do país tivesse esses serviços. Ou seja, algo em torno de R$ 20 bilhões de investimentos por ano. "Embora seja um setor que se mostra rentável, os investimentos estão aquém da necessidade de universalização dos serviços. Seria preciso dobrar o volume de recursos", diz o chefe do Departamento de Saneamento Ambiental do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Arian Bechara. Segundo o executivo, em 2012 foram aplicados R$ 10 bilhões em saneamento, 20% deste volume por meio de financiamentos do banco. Para Bechara, o fato de o setor ser dominado por estatais estaduais e municipais, cuja gestão é "mais engessada, reduz substancialmente o potencial de investimentos. "Não há como essa enorme demanda ser atendida sem a participação da iniciativa privada. Ela vem se dando por meio das parcerias público-privadas (PPPs), que estão sendo bem-sucedidas em diversas regiões do país, mas não ainda no ritmo necessário." Para o presidente do conselho da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas dos Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), Paulo Roberto de Oliveira, a ampliação do número de concessões de saneamento à iniciativa privada é conseqüência, entre outros fatores, da necessidade de agilizar os investimentos. "A iniciativa privada é indispensável para a universalização dos serviços", afirma Oliveira. As empresas privadas de saneamento, que no ano passado investiram R$ 764 milhões, atuam em 265 municípios brasileiros, com uma população estimada em 25 milhões de pessoas.
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