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AGÊNCIA CBIC

15/05/2019

91º ENIC: Preparação de construtoras e mercado para industrialização é discutida em pré-evento

Lydio Bandeira de Mello, Davidson Deana, Eduardo Davila, Mauro Campos e Filipe Honorato debatem no Pré-ENIC. Foto: Gustavo Miranda/Divulgação

Os desafios da industrialização no setor de construção foram colocados em debate nas palestras do Pré-ENIC – que antecedeu a abertura do 91º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC)  nesta quarta (15), no Rio de Janeiro. Promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o 91º ENIC é uma realização do Sindicato da Indústria da Construção no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio) e conta com a correalização da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-Rio) e do Serviço Social da Indústria da Construção do Rio de Janeiro (Seconci-Rio).

Confira galeria de fotos do Pré-ENIC

O ‘Pré-ENIC – A Industrialização na Prática: como as construtoras e o mercado estão se preparando?’, contou com as presenças de:

  • Eduardo D´Ávila, gerente regional da Associação Brasileira de Cimento Portland e membro do Conselho de Infraestrutura e do Grupo Setorial de Construção Civil da Firjan, que mediou o debate;
  • Davidson Deana, especialista em processos construtivos industrializados e sustentáveis e sócio da Ethos Soluções;
  • Mauro Campos, diretor da Aceplan Construções e Incorporações, presidente do Sinduscon-Sul Fluminense, diretor da Associação Comercial de Volta Redonda e membro do Conselho da Firjan e do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano;
  • Lydio Bandeira de Mello, presidente da Comissão de Materiais, Qualidade e Produtividade (Comat) do Sinduscon-Rio e membro da Comat/CBIC e do grupo de Acompanhamento de Normas Técnicas da CBIC; e
  • Filipe Honorato, sócio da Ethos Soluções.

Para Mauro Campos, a industrialização no setor de construção ainda engatinha no Brasil. O tema, segundo ele, precisa estar associado à gestão das empresas. “Os empresários precisam ter a consciência da importância do planejamento e da gestão para gerar o devido controle dos processos. Sem isso, não podemos alavancar a industrialização. É preciso ter uma mudança de mentalidade do empresariado, coragem para sair da zona de conforto”, afirmou, classificando a ferramenta Building Information Modeling (BIM, na tradução para o português Modelagem da Informação da Construção) como fundamental para promover a disrupção nos processos de planejamento e gestão nas empresas.

Na avaliação de Davidson Deana, o mercado da construção ainda é muito segmentado, o que dificulta a sua industrialização. “A área de projetos, construtoras e a parte de suprimentos devem estar integrados e ser parceiros na obra, transcendendo o produto e chegando efetivamente no serviço”, declarou.

O uso e o conhecimento de normas e certificações técnicas foi defendido por Lydio Bandeira, que falou sobre a importância da padronização de materiais e equipamentos. Segundo ele, isso é premissa para avanço da industrialização no setor.

“Essa questão tem evoluído entre os fabricantes, que têm se esforçado para atender as normas técnicas. Mas ainda temos carências nessa área. Para que a industrialização avance, é preciso que mais produtos e sistemas sejam normatizados”, disse Bandeira.

Na carona desse tema, Mauro Campos afirmou que ainda há grande dificuldade de encontrar materiais certificados. Aproveitou também para abordar a falta de interesse de agentes financeiros em incentivar a inovação no setor.

“Os recursos estão escassos e ainda não chegamos ao ponto de os bancos incentivarem a inovação, mas se seguirmos o caminho da industrialização, ganharemos produtividade. Com isso, não precisaremos mais que os bancos valorizem essa pauta, nós vamos conseguir ter preço competitivo e vender mais. Com competitividade, velocidade e qualidade, o mercado compra mais nossos produtos, não existe crise”, ressaltou Campos.

Sobre as empresas estarem preparadas para a industrialização, Filipe Honorato afirmou que “não estão completamente, ainda”. Para ele, o Brasil precisa melhorar a segurança jurídica: “Acredito que não podemos deixar de lado da discussão a instabilidade de agente econômicos, as mudanças constantes de regras. Estou construindo uma relação de 30 anos com um cliente e quero saber se essa relação poderá se manter”.

Outro ponto destacado por Honorato é a necessidade de reduzir a dependência do mercado de construção em relação ao investimento público. “O governo tornou-se nosso principal financiador. Se ele espirra, nós pegamos pneumonia. O contingenciamento de recursos afeta toda a nossa cadeia porque não temos solidez de funding a longo prazo, salvo segmentos específicos. É preciso reverter isso”, defendeu.

“E quais são os resultados efetivos quando se aplica a industrialização?, questionou Eduardo D´Ávila. Na opinião de Davidosn Deana a industrialização promove a cadência dos processos, é mais fácil gerar um projeto”, destacou.

O presidente do Sinduscon-Rio, João Fernandes, fez uma participação no final do debate. Falou sobre a questão do engajamento da mão de obra. “A gestão deve ser transparente, você coloca em prática a meritocracia pura e gratifica quem merece, não o bajulador, aquele que trabalha muito, e sim aquele que trabalha melhor”.

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