Logo da CBIC

AGÊNCIA CBIC

26/05/2014

86º ENIC – Especialista defende novo caminho para habitação social durante 86º ENIC

"Cbic"
26/05/2014

 

86º ENIC – Especialista defende novo caminho para habitação social durante 86º ENIC

Além do subsídio governamental, economista entende que famílias precisam poupar e ter acesso ao crédito voluntário com juros adequados para realizarem o sonho da casa própria

Um dos mais renomados economistas do País, Eduardo Giannetti da Fonseca defendeu mudanças na política de construção de habitação social pelo governo federal. Segundo ele, a estratégia de subsídios não pode ser o único caminho para sanar o déficit no setor, que hoje está em 3,85 milhões de residências, de acordo com pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

“Entendo que parte do déficit possa ser coberto pelos subsídios, mas é preciso que as famílias façam poupança e tenham acesso a crédito voluntário com juros adequados”, afirmou Giannetti, bastante aplaudido, durante painel com profissionais da indústria da construção na manhã desta quinta-feira (22), no 86º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), no Centro de Convenções de Goiânia.

O programa Minha Casa Minha Vida, lançado em 2009, subsidia até 95% do valor do imóvel na faixa de renda de quem recebe de 1 a 3 salários mínimos (faixa 1). Na solenidade de abertura do 86º ENIC, na noite de quarta-feira (21), a presidente Dilma Rousseff defendeu a continuidade do programa e os subsídios.

“O Minha Casa Minha Vida depende de vontade política para existir. Sem subsídios, ele não existe. A equação valor do imóvel e salário das famílias das classes mais baixas não bate. Por isso, o governo aporta recursos no programa para fechar essa equação. É o programa federal no qual gastamos os maiores valores com subsídios”, explicou a presidente.

Giannetti, que participou do painel em substituição ao presidenciável Aécio Neves, que não pode participar da sabatina com profissionais do setor da construção, também falou sobre problemas de infraestrutura urbana. Ele lembrou que 40% dos municípios não possuem coleta e tratamento de esgoto.

Indagado pelo presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Paulo Safady Simão, sobre os gargalos que o setor enfrenta, o economista citou a problemática da legislação ambiental. “É preciso melhorar, urgentemente, o processo de licenciamento ambiental, criando regras claras para o setor. As obras não podem parar no meio do caminho.”

Cenário econômico

Antes da sabatina com dirigentes e profissionais do setor da construção, Eduardo Giannetti traçou um panorama da economia brasileira nas três últimas décadas. Segundo ele, o País estabeleceu o tripé macroeconômico de crescimento – superávit primário, câmbio flutuante e autonomia do Banco Central – no segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique (1999-2002) e no primeiro do ex-presidente Lula (2003-2006). “Até 2010, esses pilares sustentaram nosso crescimento. No entanto, a partir de 2011, houve reversão de expectativas. O Brasil que parecia decolar só vem desapontando.”

O especialista advertiu que a inflação este ano deve ficar bem próxima do teto da meta, de 6,5%. “Ainda assim porque o governo utiliza métodos artificiais de controle, como represamento de preços de energia, transporte e combustível. Sem isso, a inflação passaria facilmente dos 7%.” Sobre as contas externas, o Brasil está gastando mais com o mundo – déficit de 3,6% do PIB, algo em torno de US$ 80 bilhões. E o crescimento do PIB deve ficar em torno de 1,6%, o mais baixo dos últimos anos no País.

 Assessoria de Imprensa do 86º Enic.



"Cbic"

 

 

COMPARTILHE!

Março/2024

Parceiros e Afiliações

Associados

 
Abrainc
ADEMI-AM
Sinduscon-BNU
SINDICIG
SINDUSCON SUL CATARINENSE
Sinduscon-Oeste/PR
Sinduscon-DF
AEERJ – Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro
Sinduscon-Costa de Esmeralda
Ascomig
FENAPC
Sinduscon – Lagos
 

Clique Aqui e conheça nossos parceiros

Afiliações

 
CICA
CNI
FIIC
 

Parceiros

 
Multiplike
Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea