AGÊNCIA CBIC
Workshop destaca a importância das governanças colaborativas e resiliência urbana no projeto “O Futuro Da Minha Cidade”
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), por meio da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade (CMA/CBIC), promoveu o “O Futuro Da Minha Cidade – Workshop de Intercâmbio” no último dia 19 de setembro. O evento, realizado de forma virtual, teve como foco o acompanhamento das atividades dos conselhos e das mobilizações das cidades que integram o projeto “O Futuro Da Minha Cidade” (OFDMC). A proposta é estabelecer um canal de diálogo permanente entre as entidades envolvidas, promovendo uma troca constante de experiências, desafios e soluções para o desenvolvimento urbano sustentável.
Na abertura do workshop, Nilson Sarti, vice-presidente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CBIC, destacou a importância do projeto diante das mudanças climáticas globais. Ele frisou que as cidades devem se preparar para se tornarem mais resilientes, capazes de enfrentar os desafios ambientais e climáticos. “Estamos vivendo uma mudança climática, temos de nos preparar, tornar nossas cidades mais resilientes”, afirmou Sarti.
Para ele, a engenharia tem um papel crucial nesse processo. “A engenharia pode ajudar muito nessa preparação e no futuro também, tanto no planejamento quanto na adaptação dessas cidades”. Além disso, Sarti comemorou o crescimento do projeto, que hoje conta com 33 cidades integrantes da iniciativa e 8 conselhos formados de mobilizações locais a partir do projeto, indicando que o programa vem se expandindo e ganhando cada vez mais importância dentro da CBIC.
O consultor técnico do projeto, Silvio Barros, trouxe à tona a relevância das governanças colaborativas como uma forma de gestão urbana eficiente. Segundo ele, a colaboração entre sociedade organizada, academia e poder público é essencial para a construção de cidades melhores. Barros enfatizou que a chave para gerenciar bem uma cidade está na medição de resultados. “Todos nós já sabemos que aquilo que a gente não mede, a gente não tem como gerenciar”.
Ele acrescentou que as governanças colaborativas têm sido fundamentais para criar pontes entre o setor público e a sociedade, com a construção civil desempenhando um papel estratégico não apenas na infraestrutura, mas também na busca por soluções para problemas futuros ainda desconhecidos. “A CBIC se antecipa nesse processo, se envolve na questão e propõe que a gente pense junto, o que é muito louvável”, completou.
Plataforma Índice de Gestão Municipal Áquila e o Projeto Cidades Excelentes
Leonardo Mateus dos Santos, consultor da Aquila, apresentou a plataforma Índice de Gestão Municipal e o projeto Cidades Excelentes, que trazem uma abordagem estruturada para alcançar a excelência na administração pública municipal. Segundo Santos, a excelência na gestão das cidades está baseada em quatro pilares fundamentais: o primeiro é a funcionalidade de servir e atender às necessidades dos munícipes; o segundo é a promoção de uma gestão eficiente que maximiza a capacidade de investimento do município; o terceiro, a regulamentação e promoção de um ambiente seguro e dinâmico para a geração de riqueza; e o quarto, a fiscalização e garantia de qualidade dos serviços públicos. “A excelência vem do setor público, através de uma gestão eficiente que está diretamente ligada à capacidade de investimento e ao fomento de um ambiente propício para o desenvolvimento econômico”, explicou Santos.
Planeja Brasil: governanças colaborativas como motor de desenvolvimento urbano
Márcia Santin, ex-Diretora-Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), falou sobre o “Planeja Brasil”, que será o primeiro congresso nacional de governanças colaborativas. Segundo Mattos, o evento reunirá governanças de diversas cidades brasileiras, tanto em estágios mais maduros de desenvolvimento quanto em fases iniciais, criando um ambiente de aprendizado e troca de experiências.
Márcia Santin destacou o interesse das cidades participantes nas questões estratégicas de desenvolvimento econômico e inovação, reforçando que esses temas serão centrais no evento. “Fizemos uma sondagem com quase 50 cidades e os principais desafios apontados foram os planos estratégicos de desenvolvimento econômico e urbano, além da inovação”, comentou Santin. Ela também ressaltou a importância do engajamento contínuo nas governanças e os desafios de custeio dessas iniciativas, temas que também serão abordados no congresso.
Troca de experiências e desenvolvimento urbano sustentável
O workshop foi uma oportunidade para que as cidades participantes do projeto “O Futuro Da Minha Cidade” compartilhassem suas experiências e discutissem os desafios na construção de um ambiente urbano mais sustentável. A CBIC, por meio de sua Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade, reforçou a importância de uma ação conjunta entre poder público, sociedade e setor privado na construção de cidades mais preparadas para o futuro. A troca ativa de experiências e soluções, somada ao uso de ferramentas de gestão, como a plataforma Índice de Gestão Municipal Aquila, busca promover um desenvolvimento urbano mais eficiente e sustentável.
O evento destacou, acima de tudo, que a construção de cidades resilientes e preparadas para enfrentar os desafios futuros depende de uma articulação constante entre os diversos atores envolvidos.
O tema tem interface com o projeto “Responsabilidade Social na Indústria da Construção”, objetivo 2.5 –“O Futuro da Minha Cidade”, da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade (CMA) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi).