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AGÊNCIA CBIC

25/03/2011

Usiminas transforma escória em vitrocerâmica

 

25/03/2011 :: Edição 064

Jornal Brasil Econômico/BR   |   25/03/2011

usiminas transforma escória em vitrocerâmica

Siderúrgica obtém patente do material resultante do subproduto gerado na
fabricação do aço e busca parceiro na indústria ceramista para colocá-lo no
mercado de construção

Nivaldo Souza

A reutilização de matérias-primas é tema recorrente no discurso da indústria
quando o assunto é sustentabilidade e inovação. Perspectiva que, apesar de
muitas vezes inócua, começa aproximar setor produtivo e academia. Caso da
investida do engenheiro de materiais Luis Augusto Scudeller, pesquisador do
centro de tecnologia da Usiminas
em Ipatinga (MG).

Scudeller buscava, em meados dos anos 1990, novas aplicações para a escória
de aciaria subproduto da fabricação de aço, empregado como insumo barato pela indústria da construção civil seja na
forma de matéria-prima de asfalto ou brita para lastro de ferrovias.

"A gente queria dar uma utilização mais nobre a esse subproduto",
conta.

Scudeller encontrou o engenheiro Eduardo Bellini Ferreira, doutorando da
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), disposto a tornar a escória objeto
de sua tese de doutorado em engenharia de materiais. O resultado foi o
desenvolvimento de um novo produto, a vitrocerâmica porcelanato de alto nível,
similar ao granito, mas próximo à cerâmica usada em ladrilhos e pisos.

Após uma década em processo de concessão de patente

no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), iniciado em 2000, a
Usiminas obteve o registro do
órgão regulador no final do ano passado.

A empresa aposta, agora, na vitrocerâmica para desenvolver um novo nicho no
mercado da construção, junto a projetos arquitetônicos mais requintados que
usem grês-porcelanato, pastilhas e pisos autos sustentáveis. Para isso, confia
na características técnicas do produto, mais atrativo que cerâmicas convencionais
devido à maior resistência mecânica (mais difíceis de quebrar) e à abrasão
(suportam peso intenso).

A vitrocerâmica, segundo a Usiminas,
tem propriedades de resistência até seis vezes superior a de porcelana
tradicionais.

"Essas características a encaixam no mercado de granito", compara
Scudeller.

Parceiro estratégico O gerente de vendas especiais da Usiminas, Luiz Antonio Bernardino,
negocia com uma fabricante de cerâmica paulista a instalação de uma linha de
produção piloto para a vitrocerâmica. "Estamos conversando com um parceiro
importante", diz, sem revelar a companhia.

Para atender ao objetivo inicial de fomentar um novo mercado, a siderúrgica
deverá ceder a escória a um preço mais baixo que o praticado atualmente

Hoje, a tonelada da escória custa R$ 10, em média. Do 1,2 milhão de
toneladas geradas na Usiminas no
ano passado, 973 mil toneladas foram vendidas.

A usiminas confia que a
produção de vitrocerâmica em escala industrial duplique o valor da escória.
"O mercado é importante. Mas o mais relevante é que vitrocerâmica
transforma a escória de resíduo em coproduto", diz Bernardino.

O gerente de vendas especiais compara a investida à realizada pela
siderurgia da China, onde a escória é usada para produzir granito artificial
similar à vitrocerâmica. "Com tecnologia podemos desenvolver novos
produtos", indica.


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