Folha de Pernambuco – Online/PE
Traçando o plano B
Muitos brasileiros que planejavam viajar para o exterior durante as férias de julho tiveram que adiar seus planos por conta das sucessivas altas do dólar, que atingiu seu estopim na semana passada, chegando a R$ 2,25. Ontem, após quatro dias de baixa, a moeda recuperou valorização e atingiu R$ 2,19. Bom, o valor pode até declinar daqui para frente ou não, mas o fato é que, em meio às oscilações, 25% dos brasileiros reduziram o número de acessos e consultas para embarcar rumo ao exterior, segundo dados do site de viagens Mundi. Com isso, as chances desse público escolher um destino pelo Brasil aumentam, mesmo que isso lhe custe bem mais caro. Já que turismo para brasileiro no Brasil é impraticável, as tarifas dos hotéis e táxis estão aí para provar. O aumento do dólar só é bom para os exportadores, que chega a 8% apenas, e para os americanos que, depois de muito aperto, já percebem melhoria sua política econômica. Isso porque o país resolveu aumentar os juros como estratégia para atrair investidores a transferirem para lá suas riquezas. E aí é que vem mais problema para o País, que ainda importa muitos produtos. O dólar vai pressionar ainda mais a inflação e os preços de peça de celular e o trigo, por exemplo, vão aumentando. O que acaba sobrando para o consumidor.
Inflação – O alto nível de endividamento das famílias e o aumento sem freio nos preços são os dois principais fatores que contribuem para o baixo desempenho da economia, segundo pesquisa do Ipea. O estudo classifica a inflação como persistente e disseminada que gera um comportamento mais defensivo dos consumidores. O problema é que a inflação só deve desacelerar no segundo semestre. E já será tarde para reverter o quadro e obter um bom resultado do PIB.
GPS para táxis
No Recife, em breve, deverá ser instituída nova regra para fiscalizar a prestação de serviço dos táxis. A ideia, que está sendo pensada pela Prefeitura do Recife, é instalar GPS nos táxis visando que os proprietários do veículo cumpram horário. O fato é que alguns profissionais, que chegam a ganhar R$ 6 mil por mês, às vezes suspendem o serviço à hora que bem querem e entendem e quem sofre é o cliente. Como é concessão pública o governo tem que fiscalizar. Trata-se de um negócio e o taxista tem o compromisso de atender, afirmou o secretário de Turismo do Estado, Alberto Feitosa.
Último dia!
Encerra hoje o prazo para a entrega da Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica – DIPJ 2013. As empresas que perderem o prazo terão que arcar com as multas, a partir de R$ 500. A declaração pode ser feita pelo site www.receita.fazenda.gov.br.
E o gigante…
No universo de 72 mil novos empregos criados no mês passado em todo o País (a expectativa do governo era criar de 135 a 180 mil postos), o setor de construção civil aparece timidamente, apresentando retração com 1.751 carteiras assinadas. Em 2012, esse número foi de 17,2 mil.
… adormeceu
Segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas, houve corte de 1,9 mil postos. A região Nordeste foi a que apresentou pior desempenho, com queda de 0,66% (aproximadamente 4.800 vagas fechadas). Vale lembrar que a projeção de crescimento para 2013 era de 2,9% ante 2012.
Curtas Construção – Diálogo com o TCU é tema do encontro de hoje promovido pelo Sinduscon/PE e a CBIC para discutir aspectos que norteiam as ações de fiscalização e controle sobre licitações e contratos de obras e serviços públicos. O evento será na sede do Sinduscon-PE, às 10h.
Tecnologia – Até 2016, o Brasil deve contar com um computador por habitante, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas. Este ano, o estudo calcula que o Brasil tenha 118 milhões de computadores em uso, o que equivale a três equipamentos a cada cinco habitantes.
Palestra – O empresário Marcos Roberto Dubeux, CEO da Cone S/A, ministra hoje, às 17h, palestra sobre desafios e conquistas profissionais focada na liderança jovem, no auditório de Martorelli Advogados.
"É preciso ter pacto, mas com o dinheiro, porque, hoje, 72% de tudo o que se arrecada no Brasil fica em poder da União" – Marconi Perillo, governador de Goiás, sobre os cinco pactos propostos para atender às reivindicações dos protestos.
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