Logo da CBIC

AGÊNCIA CBIC

21/10/2013

Teto maior pode financiar mais 7,6 mil novos imóveis

"Cbic"
21/10/2013

O Estado de S. Paulo

Teto maior pode financiar mais 7,6 mil novos imóveis

Número se refere a unidades com preços entre limites anterior e atual, de R$ 750 mil

Fernando Arbex

O novo limite de R$ 750 mil para financiamentos imobiliários pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) com uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) permitiu que mais 7.686 unidades lançadas entre os meses de setembro de 2012 e agosto de 2013 na cidade de São Paulo se beneficiassem da mudança da regra, de acordo com dados do Sindicato da Habitação de São Paulo (SecoviSP). Esses imóveis têm valores entre R$ 500 mil – o teto anterior – e o preço máximo atual.

Com a alteração, decidida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 30 de setembro, 80,8% dos imóveis lançados na capital estão dentro do limite. Estudos mostram que a maior parte das comercializações no mercado se dá ainda no primeiro ano dos empreendimentos.

A medida foi comemorada pelo mercado imobiliário, que pedia um reajuste. Em 2009, o teto passou de R$ 350 mil para R$ 500 mil. "Havia uma defasagem no valor", diz o diretor de desenvolvimento da imobiliária Fernandez Mera, Marcelo Moralles. Segundo ele, o poder de compra da população não acompanhou a alta dos preços dos imóveis. O diretor executivo da Associação Brasileira de Incorporadoras (Abrainc), Renato Ventura, argumenta na mesma linha: "O objetivo é resgatar o poder de compra das pessoas".

O economista chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, entende que, com a taxa de juros menor para quem pode participar do SFH – meio ponto percentual, em média – e com o uso do FGTS na aquisição, uma pessoa que quer elevar seu patamar de moradia tem mais opções. "Se alguém, cinco anos atrás, usou o FGTS para comprar um apartamento de R$ 450 mil, agora pode fazer isso de novo para financiar um de R$ 750 mil", diz.

Cuidados. Economista e professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), Fábio Gallo alega que o consumidor ainda terá de tomar os mesmos cuidados de antes do reajuste do teto.

"O fundo ajuda a pagar, mas não necessariamente a pessoa tem os R$ 750 mil para abater a dívida", ressalta. Ele diz que o comprador deve se programar para um financiamento com prestações compatíveis com a sua realidade financeira.

O presidente da Associação Nacional dos Mutuários (AMN), Marcelo Augusto Rodrigues da Silva Luz, não se empolga com a medida. Ele acredita que o reajuste só atende às necessidades do mercado imobiliário, não sendo uma mudança drástica para o comprador.

"Os juros tinham de ser pelo menos 50% menores. Os bancos não permitem que alguém termine a dívida em cinco anos, por exemplo, porque eles lucram mais sendo credores por 400 meses", afirma. O presidente da entidade diz que o preço do metro quadrado na cidade de São Paulo está distorcido.

O bairro paulistano que mais ganhou opções com o aumento do teto de financiamento foi o da Saúde, com 662 unidades. Desse total, 142 delas estão localizadas no edifício Biografia Vila Mariana, empreendimento lançado pela OR-Odebrecht Realizações Imobiliárias em outubro de 2012, na Rua São Gonçalo da Cunha.

Por região, 3.131 unidades (41% do total das que passaram a poder se beneficiar do FGTS no financiamento) estão localizadas na zona sul da cidade, sendo que 1.546 delas são de dois dormitórios. Na zona oeste, 51% das 2.135 unidades novas são de um quarto. Nos últimos 12 meses até agosto, o maior número de imóveis lançados com os valores entre o antigo e o novo limite, 3.658 (47,57%) têm área útil entre 50 m 2 e 75m 2 .

Uso do Fundo. Para quem faz o financiamento pelo Sistema Financeiro de Habitação, é possível usar o FGTS para diminuir o valor a ser financiado ou para abater totalmente ou parcialmente a dívida de um imóvel.

Também há a possibilidade de usar o Fundo para fazer um lance na obtenção de uma Carta de Crédito de um consórcio imobiliário ou usá-lo como complementação do valor da carta. Outras opções são o uso do fundo no financiamento da construção de imóvel residencial urbano, ou fazer um financiamento ou programa de auto-financiamento contratado com construtora, cooperativa habitacional ou construtor pessoa física.
—-

 



"Cbic"

 

COMPARTILHE!

Calendário

Data

Este Mês
Parceiros e Afiliações

Associados

 
Sinduscon-SP
Sinduscon-SM
Sinduscon-Caxias
Sinduscon-Porto Velho
SECONCI BRASIL
Sinduscon-Vale do Itapocu
Sicepot-PR
Sinduscon-SF
ASEOPP
Sinduscon-JP
Sinduscom-SL
Sinduscon-Joinville
 

Clique Aqui e conheça nossos parceiros

Afiliações

 
CICA
CNI
FIIC
 

Parceiros

Visão geral da privacidade

Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.