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AGÊNCIA CBIC

19/12/2011

Teses e produtos combatem uso de cimento poluidor

"Cbic"
19/12/2011 :: Edição 238

 

Jornal Valor Econômico/BR 19/12/2011
 

Teses e produtos combatem uso de cimento poluidor

Projeto de moradia do interior paulista, o assentamento rural Pirituba II, de Itupeva, é exemplo prático de adoção de métodos sustentáveis na construção civil. Erguidas por meio de mutirão, as casas, de 64 m2, têm paredes de alvenaria de adobe (tijolo de barro sem queima), o que propiciou, por imóvel, economia de 41 sacos de cimento, de 50 quilos cada um. A redução total foi de 2,6 toneladas de cimento, uma contribuição e tanto para o planeta, uma vez que, para cada tonelada de cimento produzido, libera-se 0,306 t de CO2, segundo a Cetesb.
 O que falta é a mudança de hábito dos construtores, que preferem os métodos tradicionais, observa Akemi Ino, doutora em construção civil e professora do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP-Campus São Carlos (IAU). A taipa de mão, ou pau a pique, que consiste em trama de madeira ou bambu preenchida por barro amassado com fibras vegetais, reduz sensivelmente o uso de cimento e também de aço, brita e bloco cerâmico, ressalta. Seu colega no IAU, o professor Eduvaldo Sichieri alerta para o fato de ser baixa a adoção de telhas de Tetrapak no lugar das de fibrocimento. À base de material reciclado, elas são leves, de alta durabilidade e ideais para regiões quentes.
 Sichieri avalia que, mesmo com métodos convencionais, dá para diminuir o uso de cimento. Seja substituindo o Portland, responsável pela emissão de 90% do CO2 na fabricação do concreto, por cimentos que contêm 70% de resíduos dos fornos siderúrgicos; seja usando concreto de alta resistência, ensina. O problema é que o produto tem apresentado índices altos de contaminação.
 O uso do cimento Portland, aliás, é tema de estudos. Na USP-São Carlos, pesquisadores produziram um concreto com 325 kg/m3 de cimento Portland, enquanto o tradicional exige em sua fórmula 500 kg/m3. Já o Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná criou o bloco de concreto Isopet, à base de concreto leve e EPS (isopor) reciclado, com encaixe tipo macho e fêmea, que dispensa o uso de argamassa, exceto na primeira fiada. Além do menor impacto ambiental e da assimilação de resíduos da construção civil, os blocos feitos com material reciclado – que não podem ultrapassar 20% da fórmula – são 30% mais baratos, afirma Márcio Estefano, doutor em engenharia e professor da Escola de Engenharia Mauá.
 Outro item sustentável é a forma de polipropileno para construir lajes nervuradas, que reduz em 30% o uso de concreto e, assim, de Portland. Registramos 1,5 milhão de m2 de área construída com laje nervurada, ou 25% do construído no país, diz Marcos Terra, sócio da Atex do Brasil, especializada no produto, há 20 anos de mercado. 

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