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AGÊNCIA CBIC

14/04/2025

Sustentabilidade na construção civil une entidades, empresas e consumidores

Atualmente é cada vez mais certeiro afirmar que os pontos mais importantes em questão de sustentabilidade já estão sendo considerados em todas as etapas da indústria da construção. Nos últimos anos o setor tem buscado aprimorar os processos construtivos, materiais utilizados, buscando sempre respeitar todas as normas estabelecidas pelas entidades que regem o setor. O tema pautou debate durante o Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC), na tarde da sexta-feira (11/04), na cidade de São Paulo. Promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o evento acontece em conjunto com a 29ª edição da Feicon, no pavilhão 8 da São Paulo Expo.

A boa notícia é que a grande maioria das construtoras já entregam seus empreendimentos com números e detalhes mais apurados do que as normas exigem. Voluntariamente, as empresas têm cumprido com louvor a parte delas em busca de um setor mais sustentável. Segundo o vice-presidente de Sustentabilidade da CBIC, Nilson Sarti, o setor soube se atualizar e acompanhar as necessidades descritas pela sociedade, que se preocupa cada vez mais com ações sustentáveis. Assim, as empresas apresentam soluções em acordo com novos materiais e processos de construção que permitem a entrega de produtos melhores.

Segundo ele, entre os pontos de atenção estão a descarbonização do setor e a eficiência energética, além de todo o contexto ambiental, que faz as entidades reunirem informações importantes para serem apresentadas em reuniões de alinhamento com ministérios e outros órgãos governamentais envolvidos com o tema. “A CBIC faz parte do grupo de discussão sobre sustentabilidade organizado pelo governo, e tem buscado conhecimento e apresentado soluções interessantes. Recentemente a comissão foi para a Suécia visitar uma construção toda feita com madeira laminada colada, que utilizou uma nova tecnologia, muito mais sustentável”, afirma Sarti.

Além disso, as entidades têm participado ativamente de grupos de trabalho e projetos específicos, que reúnem pesquisadores, profissionais e especialistas em busca de soluções. Um deles é o Futuro da Minha Cidade, que já conta com 33 cidades integradas, e permite que a população atue junto a empresas e entidades na administração da cidade, de forma sustentável. “Participamos ativamente do Comitê, que busca estabelecer os indicadores sustentáveis em consonância com as melhores práticas internacionais, e ainda realizando consultas públicas em busca de ideias e novidades”, conta Sarti.

O Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC) é uma realização da CBIC, em parceria com a RX | FEICON, apoio do Sistema Indústria e correalização com SESI e SENAI. O evento conta com o patrocínio oficial da Caixa Econômica Federal e Governo Federal, além do patrocínio da Saint -Gobain, no Hub de Sustentabilidade e Naming Room de Sustentabilidade; do Sebrae Nacional, no Hub de Inovação, e da Mútua, no Hub de Tecnologia. Também são patrocinadores do ENIC: Itacer; Senior; Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP, Associação Brasileira das Indústrias de Vidro – Abividro, Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas – Abrafati, Anfacer, Sienge, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – Apex Brasil, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI, Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo – CAU/SP; Multiplan; Brain; COFECI-CRECI; CIMI360; Esaf; One; Agilean; Exxata; Falconi, Konstroi; Mais Controle; Penetron; Seu Manual; Totvs; Unebim, Zigurat; Yazo.

Paradigmas de futuro – Para as empresas e os consumidores, uma forma de descobrir o quanto de inovação e sustentabilidade um determinado empreendimento apresenta é procurar saber quais certificações e índices oficiais ele e a construtora estão inseridos. Criados por entidades, em parcerias com o poder público e universidades, os índices de sustentabilidade permitem uma consulta confiável sobre o respeito ao meio ambiente e outros pontos importantes. Por este motivo o Green Building Council Brasil (GBC Brasil) criou cinco certificações específicas que norteiam construções sustentáveis. “A grande maioria das empresas que usam as nossas certificações apresentam índices com desempenho acima do que é exigido pelas normas técnicas. Isso demonstra uma preocupação genuína do setor de construção”, afirma Felipe Faria, CEO do GBC Brasil.

Entre os pontos importantes para a adoção de índices de sustentabilidade está a discussão de como viabilizar técnica e financeiramente. Geralmente no início é necessário fazer cálculos sobre quanto tempo vai durar aquela edificação, em relação ao custo extra do investimento em materiais e processos sustentáveis. Mas, com o passar do tempo, fica claro que outros diferenciais econômicos justificam este investimento. Existe um edifício em Porto Alegre que recebeu a certificação máxima de sustentabilidade. Ele está gerando energia através de painéis fotovoltaicos que atende 100% da área comum e 1/3 das áreas privativas, além de ser 40% mais eficaz que a norma de eficiência energética.

“O incorporador admitiu que não tinha como objetivo ganhar prêmio de sustentabilidade, mas sim gerar para o comprador um ótimo valor de metro quadrado do empreendimento. No fim, o montante economizado com todos os recursos disponíveis no prédio permite a compra de outro apartamento. É muito importante respeitar as razões de quem investe e incorpora, para ser possível a disseminação deste tipo de empreendimento”, conta o executivo.

Outro ponto importante nessa discussão é sobre como conseguir crédito mais acessível para empreendimentos sustentáveis. Além de ser um fator de concorrência entre as empresas, que buscam sempre entregar um produto melhor para seus clientes, ele também precisa ser competitivo no mercado, em termos de preços e diferenciais. Mas o que aconteceu nos últimos anos foi a criação de diversos programas específicos para créditos voltados para a sustentabilidade.

Normas e certificações – Bancos públicos e privados passaram a oferecer linhas especiais para empreendimentos com índices altos de sustentabilidade. E, em muitos casos, as construtoras estão percebendo um crescimento na velocidade de vendas destes empreendimentos. “Estamos em um momento que a indústria precisa divulgar ainda mais o que está fazendo em prol da sustentabilidade, apontar as soluções, materiais, ideias, resultados e índices alcançados, para que estas melhorias cheguem ao público final”, afirma Lilian Sarrouf, coordenadora técnica do Comitê do Meio Ambiente (COMASP) do SindusCon-SP.

Além da adoção de tecnologia de ponta, e processos modernos e sustentáveis, a obra para ser bem aceita pelos consumidores e investidores precisa ter estas qualidades divulgadas, e oferecer ainda um preço compatível. Não adianta ter todas as certificações necessárias, ser moderno e atrativo, mas ter um valor muito acima do mercado. Por isso, o cálculo do valor deve prever as adequações para adoção de um modelo sustentável. Uma prática aceitável consiste em comparar o custo inicial e o custo instalado da obra.

Isso quer dizer, é preciso calcular durante o ciclo de uma obra, de cerca de dois anos, os valores levando em conta o que é pago no início e no final do processo. “O conceito de preço certo precisa ser pensado desde o planejamento, em conjunto com todas as fases da obra. Isso é importante pois traz segurança para o investidor sobre o retorno financeiro”, afirma João Casari, gerente de Especificação Técnica PPC da Saint Gobain.

A sustentabilidade engloba diversos assuntos, que se misturam e podem trazer benefícios a todos os envolvidos. Mas a observação de normas e certificações, o planejamento minucioso, a criação de formas de financiamento e disseminação de informações para o público final são importantes para o sucesso dos empreendimentos.

O tema tem interface com o projeto “Descarbonização e Integração aos Compromissos da COP 30”, da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade (CMA) da CBIC, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

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