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AGÊNCIA CBIC

21/03/2025

Summit CBIC Norte-Nordeste discute caminhos para produtividade e inovação na construção

Um panorama detalhado e as perspectivas para a indústria da construção, no que diz respeito à produtividade e à inovação, foram os temas do segundo painel do Summit CBIC Norte-Nordeste 2025, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Ceará (Sinduscon-CE), na sede da Federação da Indústria do Estado do Ceará (FIEC). Com a participação de representantes de entidades, empresários e profissionais do setor, o painel “Aumento da produtividade e inovação dos sistemas construtivos” tratou dos desafios e das oportunidades para a qualificação de trabalhadores, bem como dos programas disponíveis para as empresas poderem avançar nessa questão.

O moderador do painel, Guilherme Fortes, vice-presidente da CBIC para a Região Nordeste e presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Piauí (Sinduscon-PI), ressaltou a relevância desse debate para o setor. “Estamos diante de um fato: não podemos, em 2025, construir da mesma forma que em 1980. Não podemos ter as mesmas práticas construtivas diante de tanta evolução tecnológica. Existe um descompasso nas nossas obras, o que algumas vezes atrapalha não só a lucratividade, mas inviabiliza alguns negócios. Por essa razão é tão importante discutirmos sobre produtividade, tecnologia e de como trazer esse dinamismo para as nossas obras e o nosso dia a dia”, observou Fortes.

Daniel Sigelmann, Diretor do Departamento de Planejamento e Política de Habitação do Ministério das Cidades, afirmou que confia no crescimento da construção civil em 2025 e que as transformações no setor serão visíveis nos próximos anos. “Nos próximos anos vamos ter um ciclo de crescimento muito grande da habitação e nesse processo, teremos ganhos de produtividade importantes. Depois de termos conseguido erguer, só no Minha Casa, Minha Vida, mais de 9 milhões de unidades habitacionais, com o fortalecimento das empresas do setor, o país está pronto para um novo salto”, projetou.

“Com a incorporação de novos componentes, peças e processos produtivos, estamos em um momento muito favorável para a inovação, o que vai trazer uma nova feição para o setor em alguns anos. Estamos na Nova Indústria Brasil, e isso também vale para as empresas do Norte e Nordeste, que possuem mecanismos e fontes de financiamento especiais para impulsionar o setor”, reforçou Sigelmann.

Capacitação da mão de obra – Simone Monice, Gerente Executiva da Caixa Econômica BPPMO (Box Plataforma Moradia), apresentou um panorama do cenário atual da construção brasileira, além dos desafios e mecanismos de inovação. O cenário atual é formado por elementos como a predominância de sistemas construtivos convencionais, variações de qualidade, prazos de entrega longos, desperdício de materiais e escassez crescente de mão de obra, entre outros.

“A gente precisa aumentar as iniciativas voltadas para a inovação e ao aumento de produtividade, criando o maior número possível de sistemas que se componham a partir de padronização, modulação, evitando desperdício de materiais. Precisamos mudar o paradigma de como trabalhamos com a mão de obra, porque senão, não conseguiremos evoluir. É necessária uma mudança de como a mão de obra é contratada, como trabalha e qual é o produto final que entrega”, avaliou.

Ainda na linha da relevância da mão de obra para o setor, Mateus Simões de Freitas, Gerente de Educação Profissional e Superior do SENAI Nacional, fez uma exposição em que relacionou o panorama da produtividade na indústria da construção com a preparação dos trabalhadores do segmento. “Em termos de produtividade em escala global, a indústria brasileira ficou em 67º lugar no mundo, em 2024. Mas nem sempre foi assim. Até 1980, os níveis de produtividade do Brasil e dos Estados Unidos eram semelhantes, mas a partir dos anos 90, o país parou de crescer e de evoluir, nesse sentido. E um dos fatores é a qualidade da nossa força de trabalho, principalmente na adoção e uso de tecnologias e maquinário”, destacou.

“Para ajudar a mudar esse panorama, o SENAI tem o Brasil Mais Produtivo, um programa nacional de apoio às micro, pequenas e médias empresas, que começou a funcionar em abril do ano passado. Nosso objetivo é atender 30 mil empresas, já foram atendidas 6 mil, sendo 1.500 do setor da construção. Dessas, que passaram pela nossa consultoria, o ganho médio de produtividade foi de 22%”, informou Freitas.

Ricardo Michelon, vice-presidente de Política de Relações Trabalhistas da CBIC, destacou que a industrialização, enquanto caminho para o desenvolvimento, é uma unanimidade. “Precisamos evoluir, enquanto setor, para aumentar a produtividade, ter mais qualidade, ter menos resíduo. Quando se toma a decisão que vai na linha de aumentar a produção, que vai romper com o sistema convencional, inicialmente passamos por um momento de dúvida, em relação aos benefícios. E isso deve partir do empresário, mas todas as instituições têm uma parcela de responsabilidade nisso, porque os riscos de inovar existem, mas eles podem ser compartilhados, em benefício de todos”, finalizou.

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