
AGÊNCIA CBIC
22/12/2011
Setor de construção ainda aquecido
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22/12/2011 :: Edição 241 |
Jornal Diário do Comércio – MG/MG 22/12/2011
Setor de construção ainda aquecido
O coordenador sindical do Sinduscon-MG, Daniel Furletti, reitera que a conjuntura atual não evidencia sinais de desaquecimento da construção civil no Estado ou no Brasil. Mesmo com a queda das unidades comercializadas, o setor prevê crescimento de 4,8% neste ano, na comparação com 2010. A expansão supera a prevista para a economia brasileira, que deve ser de 3%.
Conforme o Sinduscon-MG, os resultados alcançados pelo ramo no atual exercício são favoráveis considerando a forte base comparativa de 2010, quando foi contabilizado um incremento de 11,63% ante 2009. No ano passado, o setor bateu recordes de vendas e lançamentos, na esteira do MCMV, da maior oferta de crédito e da estabilidade macroeconômica, entre outros fatores.
E, mesmo levando em conta o agravamento da crise global, que já gera reflexos no país, o segmento continua confiante e estima um avanço de 5,2% em 2012 sobre 2011. De acordo com Furletti, a construção tem espaço para crescer, sobretudo devido ao aumento do emprego formal e da renda familiar. Há ainda a expansão do crédito imobiliário impulsionada, inclusive, pelo aumento da concorrência entre os bancos.
Hoje, esse tipo de crédito representa 5,1% do PIB nacional e a estimativa da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) é de que o índice chegue a 11% em 2014.
Independentemente disso, o Sinduscon-MG descarta a possibilidade de uma bolha imobiliária no Brasil, como a que desencadeou a crise nos EUA em 2008, onde o crédito imobiliário representa 72,7% do PIB. Isso devido a fatores como o alto controle dos bancos sobre os financiamentos concedidos e aos limites impostos pelo governo que determinam que as parcelas dos empréstimos não superem 30% da renda.
Para quem esperou passar a fase de superaquecimento do mercado imobiliário na Capital visando à redução dos preços, o Sinduscon-MG avisa que os valores praticados atualmente devem ser mantidos. Isso porque, segundo o presidente da entidade, Luiz Fernando Pires, além da escassez de terrenos na cidade – o que acirra a equação oferta versus demanda -, o setor precisa lidar com insumos e mão de obra mais caros. "Entretanto, a partir de agora, os valores devem subir apenas acompanhando a inflação e deve haver uma redução no atraso das obras", pondera. (RG)
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