
AGÊNCIA CBIC
Serviços puxam taxa de emprego
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17/10/2013 |
Brasil Econômico Serviços puxam taxa de emprego Com 211 mil novos postos, setembro registra segunda alta consecutiva na geração de trabalho formal, segundo Caged Contrariando as previsões pessimistas que apontam para um tímido crescimento da economia brasileira, com o Produto Interno Bruto (PIB) pouco abaixo de 2,5% em 2013 (de acordo com a última Pesquisa Focus do Banco Central), o mês de setembro dá indícios de uma possível retomada do ritmo de produção do país. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foram gerados, no mês de setembro, 211.068 novos postos de trabalho com carteira assinada – 1,8 milhão de admissões, frente a 1,6 milhão de demissões. O resultado do mês é 0,52% maior do que o de agosto e marca a segunda alta consecutiva neste ano. O setor de Serviços foi o grande destaque da geração de empregos, alavancando o índice geral com a oferta de 70.597 postos um saldo superior ao registrado em setembro de 2012, quando foram abertas 55.221 oportunidades. A Indústria de Transformação foi a segunda que contou com mais participação nesse crescimento, com geração de 63.276 postos de trabalho. Já o Comércio, terceiro no ranking, teve participação de 53.845 empregos – saldo superior ao registrado em setembro de 2012, quando foram oferecidas 35.319 vagas. De acordo com o Ministério do Trabalho, o bom desempenho do setor de Serviços ocorreu pela expansão generalizada dos ramos de alojamento e alimentação, que geraram 22.616 vagas (0,40%); seguido do comércio e administração de imóveis – com oferta de 20.246 novos postos (0,43%). Apesar dos bons índices registrados no mês, o economista-chefe da Oppus Investimento e especialista em mercado de trabalho da PUC-Rio, José Márcio Camargo acredita que é cedo para comemorar um possível reaquecimento da economia nacional. "Um dado não faz uma tendência, mesmo que seja o segundo mês com aumento de empregos no país. Sazonalmente, os próximos meses (outubro e novembro) são tradicionalmente aquecidos no setor de Serviços e Comércio por conta das contratações de fim de ano. Mas percebemos que a produção industrial cresce pouco. O que deve impactar substancialmente nos resultados do ano ", observa Camargo. Quanto à remuneração, os salários médios de admissão tiveram aumento real de 2,20% de janeiro a setembro de 2013, quando comparado ao mesmo período do ano passado. O salário médio passou de R$ 1.076,55 para R$ 1.100,22.0 aumento da remuneração na admissão foi observado em 23 estados, com destaque para Alagoas (9,96%), Pará (4,21%) e Distrito Federal (3,84%). Já as maiores perdas foram verificadas em Rondônia (-1,75 %) e Paraíba (-1,47 %). Nordeste na dianteira da oferta de empregos Os dados do Caged revelaram ainda o dinamismo da região Nordeste. Os estados nordestinos foram responsáveis pela maior geração de empregos no Brasil. Foram abertas 78.162 novos postos de trabalho (1,22%) na região. Em segundo lugar ficou o Sudeste, que gerou 72.612 oportunidades formais de emprego (0,63%), com destaque para as regiões metropolitanas de São Paulo (com 26.891 postos) e do Rio de Janeiro (11.720 vagas), crescimento de 0,40% e 0,41% respectivamente. Paia o economista Gilberto Braga o boom da Construção Civil ajuda a explicar a alta nas regiões. "Estamos na reta final das obras para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, o que pressiona o mercado por mão de obra. Sem falar nos efeitos da casa própria, com o programa Minha Casa, Minha Vida", aponta Braga. — — – –
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