Valor Econômico/BR
Selic não provocará alta de juros na Caixa, diz Hereda
Por Edna Simão | De Brasília
Uma semana antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda avisou que os juros do banco não subirão, mesmo que ocorra uma alta da taxa básica de juros (Selic), atualmente de 7,25% ao ano. "No curto prazo, não penso em aumentar juros na Caixa", disse. "Não trabalhamos com essa possibilidade [alta dos juros da Caixa]."
Segundo ele, um aumento da Selic – entre 0,25 e 0,5 ponto percentual – não significa, necessariamente, uma elevação do custo da instituição. Isso porque um dos principais fundings da Caixa é a poupança, cujo custo é mais baixo. Hereda admitiu que existe um limite para a diminuição dos juros bancários. Por isso, a prioridade da Caixa é a melhora no atendimento para não perder clientela.
Ontem, dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve uma alta de 0,47% em março, Hereda disse que a inflação preocupa, mas que o governo está agindo. "A inflação preocupa, e o governo tem atuado para resolver a situação como se deve, sem exagerar na dose nem menosprezar a realidade", disse o presidente da Caixa, que participou ontem de evento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em Brasília.
O executivo sinalizou também que a carteira de crédito do banco pode crescer acima da previsão feita pela própria instituição de 30% neste ano, pois o saldo tem mostrado crescimento anualizado de 40% no ano até o momento. Só no crédito imobiliário, os empréstimos somaram R$ 31,8 bilhões de janeiro a 5 de abril, o que representa um aumento de 35,6% ante mesmo período de 2012.
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