
AGÊNCIA CBIC
São José do Rio Preto é a 31ª cidade a integrar “O Futuro da Minha Cidade”

Nesta segunda-feira (27), a cidade de São José do Rio Preto, São Paulo, formalizou sua integração ao projeto O Futuro da Minha Cidade (OFMC). A iniciativa, promovida pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), visa discutir o planejamento a longo prazo das cidades brasileiras.
A partir da experiência exitosa em Maringá-PR, a CBIC sistematizou o que ocorreu na região e ofereceu uma metodologia para replicar o projeto no desenvolvimento das cidades, explicou o presidente da CBIC, Renato Correia. “São José do Rio Preto é a 31ª cidade a aderir ao projeto O Futuro da Minha Cidade. Essa adesão é um momento muito importante para a CBIC. É mais uma cidade que se prepara para a governança colaborativa e tem como foco a melhoria na qualidade de vida da cidade”, disse.
Correia destacou a importância de ter uma visão mais completa do que acontece na realidade de cada cidade e apontou os impactos do alto déficit habitacional presenciado, há anos, no Brasil. “Para resolver os desafios da sociedade, não podemos contar apenas com o esforço de um setor. A sociedade precisa comprar essa luta, de colocar todo o brasileiro debaixo de um teto”, exemplificou.
“A solução desses problemas, por exemplo, sem o engajamento completo da sociedade e sem um setor da indústria da construção, integrado, forte e estruturado, é impossível suprir essas demandas”, destacou.
Para Correia, é uma questão cultural a sociedade decidir para onde caminha. “Só quem está vivenciando o dia a dia daquela comunidade, entende qual a prioridade da população. A governança colaborativa atua para que esses projetos prioritários não tenham descontinuidade, mesmo com a alternância de governos”, disse.
O Brasil é um país do futuro que nunca chega, alertou o consultor do projeto e ex-prefeito de Maringá-PR, Silvio Barros, sobre a importância de colocar em prática ações que avancem com as cidades, mapeando as oportunidades de vocações.
Silvio Barros apontou a necessidade de acompanhar as constantes transformações tecnológicas e sustentáveis que acontecem pelo mundo e defendeu que para que as mudanças ocorram no Brasil, não depende apenas de recursos financeiros, é uma questão de decisão.
“A tecnologia já existe pelo mundo. É preciso pensar na cidade que queremos, e quais as nossas necessidades locais para proporcionar o avanço que a população precisa”, disse.
De acordo com Silvio Barros, um projeto de governança colaborativa é de longo prazo e tem que ser feito pela sociedade, levando em consideração os cenários de mercado. “A governança é um reflexo do desejo da comunidade olhando para o futuro a fim de trabalhar a favor da cidade”, destacou.
O vice-presidente da Acirp, Osvaldo Luis do Nascimento, destacou a importância do evento como instrumento de pensar a cidade para o futuro, pavimentando a trajetória de desenvolvimento sustentável, e entendendo qual o papel de cada integrante da sociedade organizada, nesse momento, para garantir que a cidade se desenvolva sustentavelmente, para proporcionar um futuro melhor para todos os habitantes do município.
Osvaldo agradeceu à CBIC pelo apoio e celebrou que o evento cumpriu, nesta primeira etapa, o objetivo, que era o de sensibilização. “Houve um grau de empatia tremenda pelos participantes. A lista dos apaixonados vai derivar várias ações concretas para a instituição da governança colaborativa”, disse.
De acordo com o diretor de desenvolvimento metropolitano da Acirp, Germano Hernandes Filho, O Futuro da Minha Cidade traz à Rio Preto a certeza de que executar um projeto de governança colaborativa é possível. “As experiências apresentadas sobre Maringá e Goiânia, permitirão que nossa cidade mapeie possíveis desafios e encurte o caminho para sermos mais certeiros no processo de estrutura da o da governança colaborativa”, disse.
Germano contou que a cidade já contou com a experiência da atuação da sociedade organizada para a melhoria do saneamento da cidade, colocando junto ao poder público a necessidade da região. “Foi uma experiência exitosa. Agora, avançamos no debate e com um passo a passo para trilhar um caminho um pouco mais certo e, ter o compromisso de que isso irá acontecer”, apontou.
O diretor regional do SindusCon-SP, Rafael Luis Coelho, enfatizou que o trabalho iniciado significa construir o futuro da cidade. “Essa não pode ser mais uma atribuição exclusiva dos nossos governantes. A sociedade organizada,, o mercado, não podem mais ser meros convidados e, sim, participantes, protagonistas e propor soluções”, disse.
Dentro do plano de trabalho proposto, Coelho destacou que o trabalho de sensibilização do público foi atingido. “Hoje recebemos mais de 150 pessoas dispostas a ouvirem e a participarem dessa nova fase da cidade. Vamos em busca dos próximos passos”, disse.
A consultora integrante do projeto, Marcia Santin, apontou que Rio Preto já conta com um ambiente propício para trabalhar a governança. “A cidade já tem como seu DNA a ideia de pujança de desenvolvimento social”, destacou.
CBIC lança 3ª edição do manual do projeto O Futuro da Minha Cidade
Com o intuito de criar e fortalecer o protagonismo da sociedade de pensar e atuar no planejamento de um futuro sustentável para as cidades, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) lançou a 3ª edição do manual do projeto O Futuro da Minha Cidade.
Desenvolvido em parceria com o Sesi, o material detalha os avanços das diretrizes do projeto, conceitos das novas agendas urbanas e esclarece sobre como as cidades podem aderir à iniciativa.
Confira abaixo as cidades que aderiram ao projeto O Futuro da Minha Cidade:
APARECIDA DE GOIÂNIA-GO;
BELÉM-PA;
BELO HORIZONTE-MG
BENTO GONÇALVES-RS
BRASÍLIA-DF;
CAMPO GRANDE-MS;
CASCAVEL-PR;
CAXIAS DO SUL-RS;
CHAPECÓ-SC;
GOIÂNIA-GO;
ITAPEMA-SC;
JOÃO PESSOA-PB;
JOINVILLE-SC;
LIMEIRA-SP
MANAUS-AM;
NATAL-RN;
PORTO VELHO-RO (DUAS EDIÇÕES);
RIO DO SUL – SC
SANTA CRUZ DO SUL-RS.
SANTA MARIA-RS;
SANTA ROSA – RS
SANTARÉM – PA
SANTOS – SP
SÃO GONÇALO DO AMARANTE-CE;
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP;
SÃO LUÍS-MA;
TERESINA-PI;
UBERABA-MG
UBERLÂNDIA-MG;
VITÓRIA-ES;
VOLTA REDONDA-RJ
O tema tem interface com o projeto “O Futuro da Minha Cidade”, da Comissão de Meio Ambiente (CMA) da CBIC, em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi).