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AGÊNCIA CBIC

11/05/2012

Saneamento ambiental precário castiga região metropolitana de Belo Horizonte

Tese defendida pelo geógrafo Paulo Eduardo Borges no Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revela que mais de 60% do território de Belo Horizonte e da Região Metropolitana (RMBH) está abaixo do nível satisfatório de saneamento ambiental.

Segundo o pesquisador, há problemas em redes de tratamento de água e esgoto e em sistemas de drenagem pluvial para prevenir alagamentos, além de poucas áreas verdes.

O estudo resultou na criação do Índice da Qualidade do Saneamento Ambiental (IQSA).

O autor da pesquisa aponta como "vilões" a prejudicar o saneamento ambiental na RMBH a ocupação irregular dos espaços, especialmente várzeas dos rios, o aumento da impermeabilização do solo e o intenso assoreamento dos cursos d´água.

Junto a elevados índices pluviométricos, os fatores causam a inundação frequente de áreas habitadas no perímetro urbano, com impactos na saúde da comunidade e nas moradias.

O novo índice amplia o conceito de saneamento básico, que só avalia aspectos como coleta de lixo e tratamento de esgoto. "Analisamos o que acontece nos lugares depois da instalação dos serviços básicos. Essa referência mais abrangente deveria ser considerada pelos governos", diz Borges.

Segundo ele, a pesquisa pode ser uma importante ferramenta para as administrações municipais planejarem melhor os espaços urbanos. Foram analisados os mais de 3 mil setores censitários – unidades mínimas para investigação sociodemográfica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – da RMBH quanto à qualidade do saneamento ambiental.

A  coleta dos dados e as imagens via satélite geraram um banco de dados em que os setores são classificados como "ruim", "regular", "médio", "satisfatório" ou "bom".

A soma dos três primeiros, na RMBH, dá 60,82%. Segundo Borges, o levantamento mostra, por exemplo, que os vetores Norte e Nordeste da capital são os que mais precisam da atenção do governo, por estarem carentes de infraestrutura e planejamento.

A Secretaria de Obras e Infraestrutura de BH informou, por meio de nota, que busca recursos para viabilizar projetos para a bacia do córrego do Onça, que beneficiariam a Zona Nordeste.

Na cidade, as regiões com maior número de pontos "ruins" no IQSA foram a Leste e a Sul, na divisa com Nova Lima.

O motivo está nas atividades mineradora e industrial, mas a grande concentração populacional também pressiona os serviços de saneamento, diz o pesquisador. No Centro da cidade, o índice foi "satisfatório" graças ao Parque Municipal Américo Renné Giannetti.

Os 180 mil metros quadrados da mais antiga área verde de BH ajudam a amenizar o clima da região.

Fonte: Hoje Em Dia.

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