Sinduscon-Rio implanta Projeto Começar de Novo na penitenciária feminina de Teresina

O Sinduscon-PI, em parceria com o Senai, o Grupo de Monitoramento do Sistema Carcerário do Piauí e a Secretaria de Justiça, implantou o “Projeto Começar de Novo” na Penitenciária Feminina de Teresina.

O programa visa a capacitação de presas para as funções de pedreiro de acabamento e revestimento no setor da construção.

De acordo com o presidente do Sindicato, Andrade Júnior, a iniciativa do setor da Construção Civil em firmar parceria com o Projeto "Começar de Novo" primeiramente com os presos egressos do sistema carcerário e agora com as presas da Penitenciária Feminina é bastante positiva para a sociedade e serve de exemplo para outros setores. “É uma boa oportunidade de diminuirmos a falta de mão de obra do setor e engajar nossas empresas, ainda mais, numa causa social importante”, explica Andrade Júnior.

O curso terá duração de 228 horas, sendo 60 horas o módulo básico e 168 horas o módulo específico. “No módulo básico as presas terão formação ética e de cidadania, noções de qualidade, noções de segurança no trabalho, educação ambiental, desenvolvimento pessoal e interpessoal, além de gestão empreendedora”, explica a diretora do Centro de Técnicas da Cerâmica Wildson Gonçalves do Senai, Eline Melo. Na parte prática do curso, as presas aprenderão as funções de pedreiro de acabamento e revestimento reformando o refeitório, salas e banheiros da Penitenciária.

O curso também conta com apoio dos diretores e funcionários da Penitenciária.

“Além de contribuir com a ressocialização das próprias presas e com a capacitação para que elas possam encontrar um lugar no mercado de trabalho, o curso também contribui com a própria estrutura da penitenciária, melhorando a qualidade do local”, pontua a Gerente da Penitenciária Feminina, Geracina Olimpio de Melo.

Serão formadas duas turmas de 15 presas cada, com 8h de aula por dia.

A Penitenciária Feminina de Teresina, atualmente, tem capacidade para 114 mulheres.

Hoje, 88 mulheres estão presas, sendo 29 sentenciadas.