“Goiânia 2033” faz parte do projeto O Futuro da Minha Cidade

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apresentará, na próxima semana, uma série de matérias explicativa sobre o projeto O Futuro da Minha Cidade – OFMC, desenvolvido pelas Mobilizações e Conselhos de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico (Codese), que avançam pelo país. 

Em Goiânia, uma das integrantes do projeto, criou seu Conselho em meados de 2015, dando o pontapé inicial para a elaboração de estratégias de desenvolvimento voltadas para sensibilização da população para o  plano de trabalho de implantação do Programa de Desenvolvimento Sustentável para a cidade. 

O projeto destaque da cidade é o “Goiânia 2033 – o centenário”, foi criado com o objetivo de estar entre as dez melhores cidades do Brasil para se viver. Para isso, foram traçadas uma série de ações e esse processo vem se desenvolvendo. O presidente do Codese-Go, Carlos Alberto de Paula Moura Júnior, destacou que a importância do projeto é tentar determinar através da vocação da cidade a melhor maneira de crescer sustentavelmente equilibrando tanto a parte econômica quanto social. “Isso possibilita a gente fazer um planejamento estratégico para Goiânia”, disse. 

Moura salientou a importância do projeto OFMC. “O projeto é capaz de determinar, padronizar e estruturar o crescimento. Nós temos que contribuir com o plano diretor e com projetos para que consigamos ter a cidade que queremos em 2033”, disse. “O maior desafio é realizar uma comunicação bem feita com a população e viabilizar economicamente os projetos”, apontou. 

A participação popular é fundamental para que a cidade se desenvolva,  frisou Moura. “Sem a participação popular não há legitimidade no processo. Nós não podemos trabalhar com observações e opiniões, nós temos que trabalhar com fatos, e a participação popular é um fato, então a gente tem que trabalhar com isso”, disse. 

Na área econômica, alguns projetos visando a geração de emprego e renda estão sendo desenvolvidos em parceria com a prefeitura e o estado. “Nosso foco é contribuir para que as pessoas consigam gerar renda. Nós temos projetos na área de moda, por exemplo, que visa tornar Goiânia a maior produtora de moda do Brasil. Hoje ela já é a segunda maior vendedora de moda. É um projeto do cinturão da moda que tem diversas entidades ligadas”, explicou. 

Para que os Conselhos tenham sustentabilidade financeira, o CODESE-GO adequou-se ao marco regulatório das organizações da sociedade civil, salientou o presidente. “Hoje eu posso trabalhar a lei Goiás, que é de ICMS; Lei de Imposto de Renda; Receber emendas de deputados, senadores, parceria com prefeituras através de lei de fomentos. Eu acho que isso efetivamente faz com que a gente consiga entregar”, salientou. “É preciso ainda colocar na mesma pauta o setor privado, o setor público, as academias e as associações dentro de um mesmo projeto”, apontou. 

Além disso,  segundo Moura, o projeto, antes balizado pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), passou por mudanças e começou a ser amparado pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS). 

Clique aqui e saiba mais sobre os projetos desenvolvidos pelo Codese-GO.

Sobre o projeto 

Desde 2012, a CBIC realiza o projeto “O Futuro da Minha Cidade”, com correalização do Sesi Nacional, tendo o objetivo de desenvolver e fortalecer o protagonismo na sociedade organizada para pensar e atuar no planejamento de um futuro de pelo menos 20 anos para as cidades, de forma apartidária, superando as gestões públicas.

O projeto surgiu da experiência bem sucedida da cidade de Maringá-PR, por meio do seu Conselho de Desenvolvimento Econômico (Codem/Codese), que possui um caráter deliberativo e consultivo e tem como finalidade propor, fazer e executar uma política de desenvolvimento econômico, social e planejamento urbano. Tem como características a participação voluntária, visão de futuro e planejamento, suporte técnico profissional, foco no desenvolvimento econômico e representatividade da sociedade organizada.

O projeto está alinhado com os ODS: 11 – Cidades e comunidades sustentáveis e 17 – Parcerias e meios de implementação.