
AGÊNCIA CBIC
PF prende quadrilha que fraudava liberações de obras no RS
A Polícia Federal prendeu três pessoas nesta quinta-feira por suspeita de participarem de uma quadrilha que agia na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Rio Grande do Sul. As investigações da Operação W apontaram que servidores públicos, inclusive um auditor fiscal do trabalho, cometiam irregularidades para a resolver rapidamente embargos e interdições de grandes obras, com o objetivo de favorecer uma empresa da área de segurança do trabalho.
Os funcionários públicos cometiam as fraudes em troca de vantagens, segundo a PF. As investigações da Operação W começaram em julho deste ano.
Os servidores aceleravam a tramitação interna para os clientes do grupo empresarial para garantir as promessas feitas pelo auditor fiscal do trabalho, que era o principal articulador do esquema. Além de promover o levantamento das medidas administrativas em prazo recorde, ele também assegurava uma espécie de "salvo-conduto" da fiscalização do trabalho no Estado.
Operação é antecipada devido a plano de matar auditor
Segundo a PF, a realização da Operação W foi antecipada depois que a investigação descobriu a existência de um plano "de promover um atentado contra a vida de um outro auditor fiscal do trabalho que iria fiscalizar a construção de um empreendimento em Gravataí (RS)".
O esquema gerou grandes lucros ao grupo empresarial, disse a PF, "pois a paralisação de grandes obras representa custo adicional elevado com funcionários parados, máquinas locadas, terceirizados em geral, fornecedores e multas contratuais, além de atrasos no cronograma de conclusão e inauguração das obras".
Fonte: Terra