DCI Online/SP
Perspectivas da economia
A consultoria, Bain & Co. , desenvolveu para a FIESP um minucioso relatório sobre o potencial socioeconômico brasileiro. No estudo, ficou evidenciado que o universo passa por frequentes mutações, com impactos significativos no desenvolvimento sustentado brasileiro. Entre os principais vetores apontados, temos os seguintes: prosperidade das nações asiáticas; preços das commodities; baixo crescimento no centro da economia internacional (Europa, Japão e Estados Unidos) e as novas tecnologias, notadamente as de telecomunicações.
Internamente, foram assinalados os seguintes: queda do desemprego; aumento do volume de crédito; ascensão à classe C de 40 milhões de brasileiros advindos das classes D e E; o Pré-sal, com potencial estimado entre 50 e 100 bilhões de barris do petróleo e políticas públicas de promoção social. Outros setores destacados são: a construção civil; o agronegócio; a proteína animal (bovinos, suínos e frangos); grãos (soja e milho). Na indústria de transformação: automóveis; siderurgia; bens de capital; petróleo; etanol; petroquímica e gás natural.
Nos dias atuais, o Brasil é reconhecido como uma das economias mais equilibradas do mundo, respondendo o comércio e os serviços pela preponderância da atividade econômica. Seria a economia, em consonância com os critérios de avaliação utilizados a sexta maior do mundo ou mesmo a oitava, ultrapassando a Itália, o Canadá e o Reino Unido.
A renda per capita anual do brasileiro já alcançou 10 mil dólares e as nossas exportações superaram 200 bilhões de dólares, anualmente. Não obstante, nos últimos trinta anos, os investimentos em infraestrutura foram modestos. Para o Banco Mundial, o Brasil investe, hoje, um pouco mais de 2% e necessita de um investimento médio equivalente a 5% do PIB, no período de 2014/2019, a fim de que se iguale à Coreia do Sul. Nos cinco grandes segmentos do setor de logística: rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos, a defasagem brasileira é reconhecida e constitui um importante componente do chamado custo Brasil.
Apesar de 70% da matriz energética brasileira terem origem hidráulica, constituindo o sistema mais barato de produzir eletricidade, as tarifas estabelecidas estão entre as mais altas do universo. É fundamental que o Brasil dobre a oferta de eletricidade, superando o entrave da concessão dos licenciamentos ambientais, para a construção de novas usinas, que demoram em torno de 6 anos para a sua outorga.
Diante da crescente pressão exercida pelos ecologistas e ambientalistas, a expansão do sistema de produção elétrica far-se-á, doravante, com reservatórios pequenos, diminuindo a capacidade de geração, especialmente no período da seca, compelindo o sistema elétrico à crescente utilização de termoelétricas acionadas a óleo diesel, carvão mineral ou gás natural, muito mais caras e poluentes. No entanto, o potencial hidrelétrico da Nação é tão exuberante que atualmente, só a China e o Canadá superam-no.
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