
AGÊNCIA CBIC
15/08/2011
PBH busca alternativa para a falta de terrenos
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15/08/2011 :: Edição 157 |
Jornal Diário do Comércio – MG/MG 13/08/2011
PBH BUSCA ALTERNATIVA PARA FALTA DE TERRENOS
"Minha casa" não deslancha na Capital.
Consórcios podem viabilizar o "Minha casa, minha vida" na Grande BH
A escassez de terrenos na Capital continua sendo um entrave para a construção de moradias do "Minha casa, minha vida". O Executivo, no entanto, negocia com as administrações de municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) áreas que fazem limite com Belo Horizonte para viabilizar a implantação de habitações da segunda fase do pacote.
O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, afirmou que estão em fase inicial as discussões para a formação de consórcios intermunicipais. A Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana será responsável por gerir essas cooperações, que vão englobar ações nas áreas de habitação, educação e saúde.
Segundo Lacerda, o município de Ribeirão das Neves (RMBH) é o parceiro com o qual a negociação está mais avançada. Se concretizada, a cidade pode receber obras que atenderão 4 mil famílias dos dois municípios. "Temos um problema de oferta de terrenos em Belo Horizonte que prejudicou a política de habitação. Uma solução podem ser os consórcios, realizados com municípios que possuem terras, mas não têm recursos para empreendimentos", explica.
A falta de áreas também é uma preocupação do superintende regional da Caixa Econômica Federal (Caixa), Rômulo Martins de Freitas. "A disponibilidade de terrenos para o programa habitacional federal na Capital é um problema. São poucas áreas disponíveis nas mãos de poucos donos. Isso reflete na elevação dos preços dos terrenos", afirma.
Lacerda procura solução para programa habitacional de BH
Engenharia – De acordo com Freitas, outro parceiro da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para resolver o gargalo é o município de Sabará (RMBH), com o qual as negociações já teria iniciado. A PBH daria apoio financeiro na área de infraestrutura, construindo equipamentos públicos como escolas e creches em Sabará, enquanto a administração do município da grande Belo Horizonte cederia uma área para a construção das moradias.
A intenção da PBH, segundo Freitas, é alavancar a construção de moradias para, agora, chamada faixa 1 da segunda fase do programa. Esta faixa equivale a famílias que recebem até R$ 1,6 mil de renda mensal. As outras faixas, 2 e 3, são as de famílias com renda entre R$ 1,6 mil e R$ 3,1 mil e de R$ 3,1 mil a R$ 5 mil, respectivamente.
A meta da Caixa é contratar 83 mil moradias da segunda fase do pacote em Minas Gerais até 2014 na faixa 1. Para se ter uma ideia, durante o primeiro semestre deste ano, apenas 15% dos financiamentos imobiliários da instituição foram destinados às famílias que se enquadram na primeira faixa nova classificação. Em 2010, o percentual chegou a 34%.
Em termos quantitativos, as operações de crédito imobiliário para baixa renda são o maior indutor dos financiamentos da Caixa. Exatamente por esta razão, e por ainda não terem saído do papel neste ano, Freitas acredita que a carteira do banco deverá registrar crescimento significativo a partir deste mês, quando as contratações para faixa um começam a ser fechadas.
Brasília – O prefeito Márcio Lacerda vai a Brasília (DF), nesta segunda-feira, feriado municipal na Capital, para rodada de reuniões com ministros. O objetivo dos encontros, que considerou como de rotina, é buscar recursos para os projetos de habitação e mobilidade em Belo Horizonte.
Além de temas como as obras para a Copa do Mundo de 2014 e metrô, o financiamento de um projeto habitacional de 7 mil unidades na região da Fazenda Capitão Eduardo, pela segunda fase do programa "Minha casa", está em pauta. Lacerda será recebido nos ministérios das Cidades e do Esporte e na Secretaria de Relações Institucionais.
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