
AGÊNCIA CBIC
Paulo Simão participa de seminário do CDES para discutir desenvolvimento sustentável
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Simão, participou nessa quarta-feira (31 de agosto), em Brasília, do seminário O Cenário Europeu Atual – Modelo de Desenvolvimento e a Conferência Rio + 20, promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República (CDES), do qual é conselheiro.
Na oportunidade, membros do CDES e especialistas no tema debateram questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável.
A ideia do seminário era justamente subsidiar o processo de participação do CDES na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20, que ocorrerá em junho de 2012, no Rio de Janeiro.
A discussão também serviu para orientar o diálogo a ser empreendido pelo CDES com o Comitê Econômico Europeu (CESE), na 5ª Mesa da Sociedade Civil Brasil e União Europeia, que será realizada em novembro, em Portugal, também com o intuito de apresentar contribuições para a Rio + 20.
A assessora especial do Primeiro Ministro Português da Presidência da União Europeia, professora Maria João Rodrigues, especialista em sustentabilidade, falou sobre o cenário europeu e seus desafios em relação ao desenvolvimento sustentável e frente à Rio + 20.
Para ela, a Rio + 20 será um marco internacional e não poderia ter tido melhor escolha para liderar a Conferência do que o Brasil. “É uma responsabilidade grande, mas acredito que o Brasil fará bem feito”, comenta. Segundo Maria João, não é fácil equilibrar as dimensões econômica, social e ambiental, que definem o desenvolvimento sustentável. “Crescer não tem só haver com o PIB. Crescer tem haver com desenvolvimento social e ambiental de um País”, explica ela, acrescentando que o Brasil conseguiu crescer nos últimos anos diminuindo a pobreza, incluindo socialmente os cidadãos e protegendo o meio ambiente.
“O Brasil pode ser considerado pelo mundo um dos grandes exemplos de desenvolvimento sustentável. Mas é bom lembrar que ainda estamos muito aquém do ideal”.
O crescimento, segundo Maria João, deve ser inteligente e para isso é preciso criar uma estratégia de inovação.
“As grandes empresas têm o dever de inovar nas áreas social e ambiental, mas as pequenas e médias empresas também devem investir nisso, pois o desenvolvimento sustentável só pode ter sucesso se ele for baseado em inovação”, diz a professora Maria João.
Paulo Simão comentou, durante o seminário, que a indústria da construção está engajada na luta pelo desenvolvimento sustentável.“O setor da construção do Brasil ainda está distante dos níveis de evolução tecnológica e sustentabilidade que muitos países já alcançaram. A tarefa é grande, sabemos, mas já estamos trabalhando na direção de um desenvolvimento baseado em sustentabilidade. O setor, sem dúvidas, tem se mobilizado para avançar e um exemplo disso são os programas Inovação Tecnológica e Construção Sustentável que a CBIC vem desenvolvendo”, relata.